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Os planos da Brava Energia (BRAV3) para o pagamento de dividendos, segundo CEO

Décio Oddone afirma que faz parte do plano futuro da companhia buscar parcerias e desinvestimento

Os planos da Brava Energia (BRAV3) para o pagamento de dividendos, segundo CEO
(Foto de zorandim75 em Adobe Stock)

A Brava Energia (BRAV3) pretende ampliar o pagamento de dividendos a acionistas após o aumento da produção de petróleo e redução de investimentos previstos para ocorrer ao longo de 2025, afirmou o diretor presidente da companhia, Décio Oddone.

Segundo Oddone, 2024 está sendo um ano de grande aumento de capex (Capital expenditure, em inglês, que em suma significa investimento), mas que deve cair nos próximos meses. “O objetivo é ter a partir de 2025 uma redução do capex mais sustentável. Não temos dados definitivos porque estamos fechando o orçamento do ano”, explicou durante teleconferência com analistas.

Com a redução de capex, a previsão é que ocorra geração de caixa livre, que segundo a companhia deve acontecer mesmo em um cenário mais pessimista do preço do petróleo. Esse caixa irá refletir em uma redução da alavancagem da companhia, abrindo espaço para dividendos e buybacks (recompras de ações).

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“Não batemos o martelo definitivamente, mas pensamos entre 1 vez e 1,5 vez de alavancagem com o preço de petróleo na faixa entre US$ 60 a US$ 70 o barril. Essa é a faixa que estamos começando a pensar para começar a liberar mas dividendos”, explicou ainda.

“US$ 70 é mais otimista e US$ 60 mais pessimista, em ambos os cenários, a intenção é ter geração de caixa”, completou o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Rodrigo Pizarro.

Na avaliação da diretoria da Brava, esse quadro previsto ainda não está refletido no preço das ações da companhia, que sofreu recentemente com a decepção na entrega da produção, por fatores como a paralisação em Papa Terra. “O quadro está a ponto de mudar e vai guiar a empresa nos próximos anos”, reforçou.

Parcerias e desinvestimentos

Ainda faz parte do plano futuro da companhia, buscar parcerias e desinvestimento. “O planejamento estratégico indica que se concentrarmos esforços em principais ativos vamos ter melhoria em resultados e valor da companhia, estamos nos preparando para desinvestimentos ou parcerias”, disse o presidente da Brava.

Em relação às regiões onde pretende reavaliar ativos, a companhia citou que em campos onshore estão sendo avaliadas parcerias, enquanto no offshore, na Bacia do Recôncavo estão também fazendo reavaliações, mas não há intenção de sair do local.

Porém, o direito financeiro da petroleira explica que essa otimização do portfólio tem viés principalmente de eficiência na operação e menos na entrada de recursos, sendo que a desalavancagem da companhia deve ocorrer mesmo sem desinvestimentos.

Licenciamentos ambientais

Para que os planos da companhia deem certo, porém, ainda é preciso conseguir licenciamentos ambientes em alguns campos, como no de Papa Terra, e que ocorra celeridade de aprovação de órgãos do governo responsáveis.

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Em Atlanta, no entanto, Oddone afirma que já há grande número de poços para perfurar com autorização ambiental.

A companhia também está preocupada em garantir equipamentos para a exploração do campo. “Aproveitamos algumas cartas de intenção para já conseguir assegurar equipamentos e se não tivéssemos feito isso, só podia acontecer mais para frente. Estão ocorrendo grandes investimentos no Brasil e mercado de equipamentos está meio estressado”, explicou.