O BTG Pactual (BPAC11) está oferecendo ao mercado R$ 8,5 bilhões em Certificado de Direito Creditório do Agronegócio (CDCA) de sua trading de commodities, a Engenhart, com vencimentos em cinco, sete e dez anos. A emissão acontece em um momento de alta demanda por títulos de renda fixa, especialmente os que contam com isenção de Imposto de Renda sobre o ganho e cuja oferta foi reduzida por mudanças regulatórias no começo do ano.
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No mercado, os CDCAs estão sendo chamados inclusive de “substitutos” dos CRAs do BTG Pactual – Certificados de Recebíveis do Agronegócio, que têm isenção fiscal, mas com a nova regra não podem mais ser emitidas por empresas que não tem atividade econômica diretamente relacionada ao agronegócio. Essa nova regra trazida passou a valer ainda para os Certificados de Recebíveis Imobiliário (CRI).
O governo mexeu também com outros produtos isentos, como as Letras Financeiras do Agronegócio (LCA) e Imobiliário (LCI), criando um gargalo na oferta dos títulos de investimento com beneficio fiscal em contrapartida à uma elevada demanda por papéis de renda fixa no contexto do juro elevado.
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O período de reservas para os CDCAs da trading do BTG se encerra no próximo dia 9 e o processo de definição do preço acontece no dia 12. Fontes afirmam que a demanda pelos papéis do BTG é alta. Os títulos estão sendo emitidos com prêmios considerados baixos, dado o risco BTG, que é reduzido.
De acordo com o prospecto da operação, os recursos serão usados pela Engenhart para aquisição futura de soja, milho, farelo de soja, óleo de soja e açúcar in natura com padrão de exportação, no âmbito de relações comerciais existentes entre a companhia e quaisquer produtores rurais ou suas cooperativas e posterior venda para a BTG Pactual Commodities, conforme contrato lastro.
Procurado, o BTG não comentou.
