A venda da participação remanescente que o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) tinha no Éxito (EXCO32) deve ser um gatilho positivo para a companhia, especialmente levando em conta a redução da alavancagem, e deve ajudar a reverter as perdas de cerca de 46% desde a separação (spin off) das ações das duas empresas, afirmou o BTG Pactual (BPAC11) em relatório.
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Em agosto, o Éxito passou a ser negociado separadamente por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) e, após a cisão, o GPA ficou com 13% do Éxito, enquanto seu controlador, o grupo francês Casino, passou a deter participação direta de 34%.
Hoje, o Casino anunciou a venda do Grupo Éxito, da Colômbia, para o Grupo Calleja, de El Salvador, em transação que inclui a venda da fatia de 13,3% detida pelo GPA. A fatia será vendida por US$ 156 milhões, cerca de R$ 790 milhões.
“O GPA terminou o segundo trimestre com alavancagem financeira de 7 vezes a dívida líquida pelo Ebitda, o que deve cair levando em conta o fluxo de R$ 790 milhões da venda do Éxito”, escreveram os analistas Luiz Guanais, Pedro Lima e Gabriel Disselli. Apesar de desalavancagem gradual, contudo, eles ponderam que há menos espaço para expandir a área de vendas e as margens no Brasil, de modo que a recomendação é neutra para os papéis da companhia.
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O preço-alvo é de R$ 7 representa um potencial de valorização de 102% em relação ao último fechamento, quando as ações foram negociadas a R$ 3,46. Instantes atrás, já eram cotadas a R$ 4,03, com alta de 16,47%, no topo do campo azul do Ibovespa e na sétima posição entre as mais negociadas.