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O que o BTG Pactual (BPAC11) diz sobre venda e dividendos na Gerdau (GGBR4)

Negócio surpresa com Diaco e Gerdau Metaldom Corp coloca US$ 325 milhões no caixa da companhia

O que o BTG Pactual (BPAC11) diz sobre venda e dividendos na Gerdau (GGBR4)
Aço longo em uma fábrica da Gerdau. (Foto: Jenn Ackerman/The New York Times)

O desinvestimento anunciado pela Gerdau (GGBR4) foi considerado como “positivo e inesperado” pelo BTG Pactual (BPAC11), que acredita que a transação pode abrir espaço para pagamento de dividendos “mais agressivos”. Além disso, pode minizar preocupações em relação ao programa de investimentos (capex) e é mais um passo para simplificar a estrutura corporativa da empresa, diz o banco.

A Gerdau informou na última quarta-feira (17) que celebrou acordos definitivos para a venda da totalidade de suas participações societárias nas joint ventures Diaco (49,85%) e Gerdau Metaldom Corp (50%), com atuação nos mercados de Colômbia, República Dominicana, Panamá e Costa Rica. O adquirente será o Grupo Inicia e o preço-base da transação corresponde a US$ 325 milhões.

“Após anos de vendas de ativos e um programa de desalavancagem muito bem sucedido, não prevíamos quaisquer outros desinvestimentos”, escrevem os analistas do BTG Pactual Leonardo Correa e Caio Greiner.

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Eles estimam que a transação poderia reduzir a dívida líquida da Gerdau para aproximadamente R$ 3,9 bilhões, R$ 2 bilhões abaixo da meta de R$ 6 bilhões. “Se a empresa pagasse este ‘gap’ como um dividendo extraordinário, aumentaria o seu rendimento do ano em cerca de 5,5 pontos porcentuais sobre a estimativa de 7% que temos atualmente”, dizem.

“Embora isto provavelmente não seja suficiente para reverter o recente sentimento e posicionamento negativo, acreditamos que esta é mais uma indicação da qualidade e do historial respeitável da gestão”, completam. A recomendação do BTG é neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 27, potencial valorização de 31,3% sobre o fechamento da última quarta-feira.