O BTG Pactual (BPAC11) elevou de US$ 9 para US$ 11 o preço-alvo das ações do PagBank (PAGS34)), o que implica em um potencial de alta de 20,6% em relação ao fechamento de ontem na Bolsa de Nova York, em que os papéis são listados. A recomendação neutra foi mantida.
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A mudança no preço-alvo veio de uma atualização das estimativas do banco para a empresa após os resultados do terceiro trimestre deste ano, divulgados na última semana. O BTG espera que o lucro líquido contábil do PagBank suba 16% no ano que vem, para R$ 1,869 bilhão. Afirma, porém, que essa é uma estimativa que pode ser superada, porque se trata de uma anualização da previsão para o quarto trimestre deste ano.
No último período trimestral de 2023, o BTG espera que o PagBank acelere o volume de transações capturado em base anual e, potencialmente, também no comparativo trimestral. Com ressarcimentos e perdas de crédito mais normalizados, o lucro da companhia deve subir 9% em relação ao terceiro trimestre, para R$ 447 milhões, pelo critério contábil.
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O relatório do analista Eduardo Rosman traz ainda o relato sobre uma reunião feita na última terça-feira, 21, pelo banco com o vice-presidente Financeiro da empresa, Artur Schunck, o diretor de Relações com Investidores, ESG e Inteligência, Eric Oliveira, e investidores.
Segundo Rosman, o PagBank tem se esforçado para dar mais transparência à estratégia corporativa e também para fortalecer a comunicação com o mercado. Na visão dele, a alta das ações, de 5,5% desde a divulgação do balanço, reflete em parte os resultados desse esforço.
De acordo com o relato, a empresa pareceu cética sobre a possibilidade de divulgar projeções para o ano de 2027, dadas as incertezas macroeconômicas até lá. O assunto veio à tona por causa do dia do investidor feito pela Stone na última quarta-feira, 15, em que a companhia divulgou uma expectativa de atingir lucro líquido ajustado de mais de R$ 4,3 bilhões em quatro anos. Seria uma alta de 31% por ano.
O PagBank considerou a mensagem positiva. Na leitura da empresa, de acordo com o BTG, a sinalização da rival ao restante do mercado foi boa: indicou que a Stone não pretende competir através de preços, e que quer manter a eficiência, ou seja, não deve expandir sobremaneira a força comercial.
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Em outras frentes, Schunck e Oliveira afirmaram que os volumes devem crescer na mesma tendência vista no segundo semestre deste ano, com alguma pressão do mix sobre as comissões recebidas pela empresa. Sobre o Pix, o vice de Finanças afirmou que o sistema não tem ganho espaço nas capturas de empreendedores ou pequenas e médias empresas.
O executivo disse ainda, segundo o BTG, que a comissão em transações de Pix é ligeiramente menor que a cobrada nas operações com cartões de débito. Por outro lado, os custos são menores, então, a margem é similar.