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- Em relatório, o banco explica que a estimativa para a inflação ainda está elevada e que espera que os preços livres acelerem à medida que a pandemia de covid-19 arrefeça
(Estadão Conteúdo) – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2022 com alta de 3,6%, e não mais em 4,0%, como esperava antes o BTG Pactual. Em relatório, o banco explica que a estimativa para a inflação ainda está elevada e que espera que os preços livres acelerem à medida que a pandemia de covid-19 arrefeça, apesar da redução da pressão inflacionária nos últimos meses.
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Recentemente, a instituição aumentou a projeção para o IPCA do final de 2021, de 5,3% para 5,7%, superior ao teto da meta de 5,25%. No caso da estimativa para 2022 do banco, de 4,0%, está acima do centro da meta de 3,50%. De acordo com o BTG, os riscos de médio prazo continuam se elevando, apesar do melhor cenário para a taxa de câmbio (leia abaixo). “As perspectivas para a atividade econômica melhoram rapidamente e as expectativas de inflação aumentam sucessivamente.
Somado a isso, os riscos advindos das tarifas de energia aumentaram devido aos baixos níveis dos reservatórios. Esses fatores devem elevar a inflação tanto em 2021 quanto em 2022”, cita, ao justificar as revisões.
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Câmbio
Na opinião do banco, a redução do risco fiscal contribui para apreciação da taxa cambial. A nova estimativa para o câmbio no fim deste ano é de R$ 4,90, na comparação com 5,30 previstos antes.
“Em nosso último relatório, destacávamos que havia risco de uma apreciação mais significativa do real caso houvesse uma redução importante da incerteza trazida pela pandemia e do risco fiscal, uma vez que esses fatores haviam levado a um descolamento expressivo entra a taxa de câmbio corrente e aquela sugerida pelos fundamentos.
A redução do risco fiscal nas últimas semanas reduziu esse ‘gap'”. Além da hipótese de menor descolamento, outros fatores também influenciaram na mudança da projeção do cambio do BTG, como taxa Selic maior e alta dos preços das commodities.
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O banco ainda destaca que o saldo do resultado em transações correntes e do IDP (de US$ 54 bilhões) será o maior da série histórica. Este cenário, em conjunto com perspectivas mais favoráveis para investimentos em carteira, cita, é compatível com o fluxo mais robusto de dólares nos próximos trimestres e apreciação da moeda brasileira.