Os resultados operacionais da B3 em setembro foram mais fracos que o esperado, afirmou o BTG Pactual (BPAC11) , que manteve recomendação de compra para os papéis, mas reiterou a preferência pela XP no setor.
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O banco ressaltou que o volume médio diário de negociações (ADTV) de ações de setembro foi de R$23,3 bilhões, queda de 8% na comparação mensal e de 21% na anual. Já o volume médio diário (ADV) de futuros recuou 8% contra o mês anterior e aumentou 5% em relação ao mesmo período no ano passado, para 5,6 milhões. A receita média por dia subiu 5% na comparação mensal e teve queda de 10% na anual, para R$ 9,2 milhões, conforme destacado pelo BTG.
“Como resultado, tanto o ADTV quanto o ADV do terceiro trimestre agora sinalizam uma perda de 5% em nossa previsão do terceiro trimestre”, escrevem os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel em relatório, dizendo que a fraqueza de setembro “continuou em outubro”, com taxas mais elevadas nos Estados Unidos e preocupações com o ambiente político e fiscal do Brasil.
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“Como a B3 é uma aposta com beta alto no mercado de capitais local, os problemas das ações são perfeitamente compreensíveis. Houve perdas de 5% no acumulado do ano, 20% abaixo da máxima de junho, de R$ 15,2″, dizem os analistas.
O BTG vê B3 sendo negociada a 13,5 vezes o preço pelo lucro (P/E) de 2024, ponderando, contudo, que o P/E ainda seria atrativo mesmo se os lucros fossem reduzidos em 10%, dado o forte fluxo de caixa e potencial de dividendos da empresa.
O preço-alvo é de R$ 17, representando uma potencial valorização de 41% em relação ao fechamento de ontem.