O BTG Pactual afirmou, em nota, que é “inconcebível” alegar que a instituição iria compactuar com a prática que levou ao rombo contábil de R$ 20 bilhões na Americanas (AMER3). O banco argumenta que isso levaria a uma exposição maior de sua própria operação à empresa. O BTG diz ainda que “os saldos das operações foram regularmente reportados para o Sistema Central de Risco, mantido pelo Banco Central“.
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Como mostrou o Broadcast, em um documento enviado à Justiça, a Americanas acusa o BTG Pactual de “participação, conivência e culpa” no rombo contábil de R$ 20 bilhões que levou à crise atravessada pela empresa. Na peça, obtida pelo Estadão/Broadcast, a varejista inclui cartas de circularização do banco à PWC para embasar a afirmação – esses documentos são uma comunicação entre as firmas de auditorias e os credores para checagem dos dados. As afirmações são parte do recurso da Americanas ao processo do BTG no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“O BTG Pactual sempre tratou as suas operações com a Americanas de forma transparente, tanto que os saldos das operações foram regularmente reportados para o Sistema Central de Risco, mantido pelo Banco Central. Tais informações são plenamente acessíveis pela empresa devedora e terceiros autorizados por ela”, afirma o banco em nota.
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“É completamente inconcebível alegar que o BTG Pactual iria compactuar com prática que poderia comprometer a sua exposição junto à companhia. A leviana criação de narrativas no intuito de atribuir aos bancos qualquer tipo de responsabilidade neste lamentável episódio tem por objetivo desviar a atenção do problema central”, continua o BTG. “O BTG Pactual tem a firme convicção da correção de suas práticas e não se furtará a fazer valer todos os seus direitos”, complementa.
O BTG diz ainda que “a elaboração e aprovação de demonstrações financeiras que espelhem a realidade da companhia são responsabilidade única, exclusiva e não transferível da própria companhia e sua administração, incluindo sua diretoria e seu conselho de administração”
O banco ainda afirma que “passadas três semanas desde o reconhecimento – pela própria Americanas – de práticas irregulares, nenhuma atitude efetiva foi tomada no sentido de sanar os problemas, capitalizar a companhia ou atuar de maneira construtiva na recuperação da empresa e preservação de empregos e fornecedores”.