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- O anúncio da interrupção do BUSD fez com que o outro criptoativo da Binance, o BNB, despencasse 6,56% às 10h09 desta segunda-feira (13), cotado a US$ 292,26.
- A Paxos também continuará a dar suporte para as reservas da BUSD e os resgates de tokens para os clientes por pelo menos os próximos 12 meses
A Binance USD (BUSD), criptomoeda da Binance atrelada ao dólar, será descontinuada por conta de ordem do Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York (NYDFS), anunciou a emissora Paxos nesta segunda-feira (13). O anúncio da interrupção do BUSD fez com que o outro criptoativo da Binance, o BNB, despencasse 6,56% às 10h09 desta segunda-feira (13), cotado a US$ 292,26.
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A emissão de novos tokens será interrompida a partir do dia 21 de fevereiro e unidades já existentes terão resgates atendidos até “pelo menos fevereiro de 2024”, disse a empresa. A Paxos também continuará a dar suporte para as reservas da BUSD e os resgates de tokens para os clientes por pelo menos os próximos 12 meses, afirmou a empresa.
A BUSD é a terceira maior stablecoin do mercado atrelada ao dólar e leva a marca da maior exchange cripto do mundo, a Binance. O criptoativo tem um valor de mercado de US$ 16 bilhões.
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Segundo o Wall Street Journal, a Paxos também está na mira da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), que pretende processar a empresa pela emissão da BUSD por considerar o ativo um valor mobiliário não registrado.
O PayPal, parceiro da Paxos, decidiu suspender o projeto para o desenvolvimento de uma stablecoin, cuja estreia estava programada para as próximas semanas, informou a Bloomberg.
A Paxos e a Binance se manifestaram em nota. As empresas afirmaram que os fundos estão seguros e totalmente cobertos por reservas em seus bancos. “Dada a incerteza regulatória em determinados mercados, a Binance irá rever outros projetos nessas jurisdições para garantir que nossos usuários estejam protegidos de outros prejuízos injustificados”, comunicaram ambas as empresas.
Aperto regulatório da SEC
Desde o colapso da FTX, de Sam Bankman-Fried, a SEC vem tomando uma postura mais estrita em relação à regulamentação das criptomoedas.
A SEC se posicionou, repetidamente, que considera a maioria dos tokens digitais como valores mobiliários e que eles devem, portanto, se sujeitar às suas regras, para proteger o investidor. A posição do órgão regulador vem estressando o mercado de cripto, que tenta justificar seu posicionamento de que nem todo criptoativo é um valor mobiliário.
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