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C6 Bank registra primeiro lucro mensal em sua história

Ao longo de 2022, o banco fez um ajuste considerável na concessão de crédito

C6 Bank registra primeiro lucro mensal em sua história
Foto: GABRIELA BILO / ESTADAO

O C6 Bank registrou em novembro deste ano o primeiro lucro mensal de sua história, iniciada em 2019. O equilíbrio entre receitas e despesas veio após uma revisão na concessão de crédito, no ano passado, e uma reestruturação interna, no primeiro semestre, para controlar os custos. Adicionalmente, o banco tem feito esforços para que os clientes usem mais seus produtos, ou seja, para que gerem mais receita.

“Esperamos que esse resultado positivo não só seja recorrente, mas crescente”, disse ao Broadcast o CEO do C6, Marcelo Kalim. “Atingimos esse resultado com uma curva de receita crescente, uma curva de custos estável e uma PDD (provisão contra devedores duvidosos) declinante.”

O número do resultado de novembro não é informado pelo C6. Em agosto, quando o JPMorgan aumentou de 40% para 46% a participação no capital do banco, Kalim afirmou que a perspectiva era a de chegar ao equilíbrio financeiro ainda neste ano. No primeiro semestre, o C6 registrou prejuízo ajustado de R$ 285,3 milhões, 51% menor que a perda do mesmo período de 2022.

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Ao longo de 2022, o banco fez um ajuste considerável na concessão de crédito diante do aumento da inadimplência entre pessoas físicas, segmento que foi o motor de seu crescimento. O fenômeno não afetou apenas ao C6, mas obrigou o banco a mexer em suas alavancas.

Kalim disse que durante a pandemia houve uma queda considerável nas provisões associadas ao crédito a pessoas físicas, que exibiu uma qualidade inesperada pelos bancos. “Isso fez com que muitos players aumentassem o apetite para crédito. Esse número (das provisões) começou a voltar de uma forma muito forte já no final de 2021, mas principalmente no começo de 2022, e ainda não parou.”

Essa revisão fez com que o banco desacelerasse, mas não com que deixasse de crescer. A carteira de crédito do C6 deve encerrar o ano com saldo de mais de R$ 45 bilhões, um crescimento de R$ 16 bilhões ao longo de 2023. A inadimplência, que fechou 2022 em 5,3%, considerados os atrasos acima de 90 dias, deve chegar a 3,5% no final de dezembro. Em junho, havia caído para 4,3%. O banco tem mais de 25 milhões de clientes.

O resultado do quarto trimestre, que considera os meses de outubro, novembro e dezembro, ainda deve ser negativo por causa do prejuízo de outubro. Em dezembro, porém, o C6 também espera ter lucro. Segundo Kalim, a expectativa é chegar ao primeiro lucro trimestral no primeiro trimestre do ano que vem.

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Mais crescimento

A instituição espera que a carteira cresça por volta de R$ 25 bilhões no ano que vem, ou seja, deve expandir o ritmo de concessão de crédito. Segundo Kalim, essa aceleração deve vir mais de fatores internos, como a melhoria dos modelos de análise, do que dos externos. 2024, afirmou, deve ser um ano “neutro” do ponto de vista macroeconômico, assim como foi 2023.

Os cartões de crédito representam hoje 22% da carteira do C6, e foram diluídos ao longo do ano por linhas mais novas para o banco, como o financiamento de veículos. Para o ano que vem, o banco digital espera que essa fatia do cartão se mantenha, mas projeta crescimento em todas as linhas que opera, o que inclui ainda os empréstimos com garantia de imóvel, o chamado home equity. As provisões contra a inadimplência devem cair até fevereiro e depois estabilizar-se.

Kalim afirmou que esse crescimento não deve pressionar a linha de custos. “Podemos dobrar de tamanho e o custo vai subir 10%”, disse. “Estamos bastante tranquilos de que ainda conseguimos crescer bastante com a nossa estrutura de custos atual, o que reforça a nossa confiança no nosso modelo de negócio, que vem de três pontos: receita subindo, custo estável e PDD estável.”

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Confiança

Em nota, o chefe de estratégia e crescimento no JPMorgan Chase e executivo-chefe de varejo bancário internacional, Sanoke Viswanathan, disse que o C6 é parte importante da estratégia de expansão internacional do titã americano, que inclui investidas no varejo de mercados como Reino Unido e China através de um modelo digital. “Como um dos bancos digitais que mais rapidamente alcançaram o breakeven, o C6 Bank vem conquistando progressos, reforçando a nossa confiança em seu sucesso contínuo.”

Kalim disse que as expectativas do banco americano não mudaram com o aumento da participação anunciado em agosto. “O JPMorgan realmente quer ter uma plataforma aqui no Brasil que seja competitiva, por marca, por produtos e por tamanho. É nisso que estamos trabalhando, e é isso que temos alcançado ao longo do tempo.”

 

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