![Logo E-Investidor](https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/themes/e-investidor/assets/v2/imgs/navbar/logo.webp)
![Caixa Seguridade (Foto: Adobe Stock)](https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/uploads/2025/01/caixa-seguridade-cxse3-dividendos_020120254319-710x473.webp)
A Caixa Seguridade (CXSE3) divulgou na noite de quinta-feira (13) o seu balanço do quarto trimestre de 2024. Os números agradaram o mercado, que considerou o resultado sólido tanto em termos operacionais quanto financeiros. No entanto, às 15h40, as ações da empresa caem 1,83% na Bolsa brasileira, cotadas a R$ 14,47, depois de terem chegado a disparar 3,79% na máxima a R$ 15,30.
A companhia reportou um lucro líquido gerencial de R$ 1,056 bilhão, que representa um crescimento de 14,6% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado veio 6% acima das estimativas do Itaú BBA. Já a receita operacional subiu 18,1% em um ano, para R$ 1,427 bilhão, 9% superior às projeções do BBA.
Para o banco, no segmento de seguros, os destaques positivos foram os prêmios emitidos de seguro habitacional e residencial, que cresceram aproximadamente 13% na base anual e 2% na base trimestral. Ambas as linhas ficaram cerca de 3% acima das projeções da casa. Por outro lado, os seguros de vida e prestamista tiveram desempenho abaixo do esperado. O primeiro registrou uma queda de 8% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, enquanto o segundo permaneceu estável.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Outro ponto positivo do balanço foi o índice de sinistralidade, que ficou 6 pontos percentuais abaixo da previsão do BBA, atingindo 18,2% — aproximadamente 2 pontos percentuais a menos que no trimestre anterior e no mesmo período do ano passado. Todas as principais linhas apresentaram bom desempenho, com o seguro prestamista se destacando, registrando um índice de sinistralidade de 6,5% (ou 12% ajustado). Vale lembrar que esse indicador sinaliza a relação entre os custos dos serviços garantidos aos clientes da empresa e os valores recebidos pelos contratos.
O banco também observa uma melhora nas contribuições para previdência no último trimestre. Os fundos de previdência arrecadaram R$ 7,3 bilhões no período, um aumento de 22% na comparação anual e 9% na trimestral. Já as taxas de resgate caíram ligeiramente para 2,90%, em comparação com 2,95% no ano passado e no último trimestre.
“As reservas totais alcançaram R$ 173 bilhões, com crescimento de 3% na base trimestral e 12% na anual, atendendo às expectativas ao se valorizarem em ritmo semelhante ao das taxas de juros”, destaca o BBA.
Dividendos e recomendação de compra
Além dos resultados trimestrais da Caixa Seguridade, a empresa anunciou que o seu conselho de administração aprovou a distribuição de dividendos mínimos e adicionais no valor total de R$ 960 milhões, a R$ 0,32 por ação. Os valores serão pagos até 15 de maio de 2025 e terão como base a posição acionária de 30 de abril, sendo as ações negociadas “ex-dividendos” (sem direito aos proventos) a partir de 2 de maio. A distribuição é equivalente a 91,7% do lucro líquido ajustado em 2024.
“Mantemos nossa recomendação de compra para as ações CXSE3, que estão sendo negociadas a um múltiplo P/E (preço sobre lucro) de 10 vezes”, diz o BBA, que tem um preço-alvo de R$ 17 para os papéis.
Publicidade
Quem também considerou os resultados da Caixa Seguridade positivos foi o BB Investimentos. “A forma de construção do resultado de 2024, com bom desempenho operacional, superando eventos adversos com rapidez, demonstrando eficiência na gestão dos índices de sinistralidade e crescimento consistente de resultados, reitera nossa tese construtiva para a companhia nos próximos períodos”, aponta o banco, que tem recomendação de compra para CXSE3 com preço-alvo de R$ 17,50 para o final de 2025.
Neste ano, as ações da Caixa Seguridade acumulam ganhos de 3,73%. Na leitura do BB, a atuação da companhia em um setor considerado mais defensivo diante da incerteza macroeconômica global atraiu investidores em busca de maior previsibilidade de receitas. Esse movimento foi impulsionado pela expectativa de resultados financeiros mais fortes, taxas de juros mais elevadas no Brasil e dividendos promissores.