

Com o fim do carnaval, muitas pessoas se encontram no prejuízo devido a perdas ou furtos de documentos e cartões de crédito e/ou débito. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, durante a folia a criminalidade tomou 3.678 aparelhos celulares no Estado de São Paulo, com a possibilidade de conterem o Registro Geral (RG) ou o cartão de um cidadão, por exemplo. Ações rápidas, como entrar em contato com o próprio banco, ajudam a minimizar os riscos financeiros e recuperar o controle sobre a conta.
Nos casos de furto ou roubo do cartão de crédito/débito por aproximação, a primeira medida é ligar para o banco e solicitar o bloqueio ou cancelamento do cartão. Em casos de já identificação de compras não autorizadas, o cliente pode solicitar o estorno dos valores.
Além disso, sempre é importante registrar um boletim de ocorrência (BO), que pode ser feito em uma delegacia física ou online. Esse documento comprova a fraude futuramente. Outra ação prioritáia é atualizar senhas e PINs, especialmente se o cartão perdido ou roubado for usado em outros serviços, como caixas eletrônicos.
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Após o bloqueio do cartão, a vítima pode demandar um novo junto ao banco. O novo cartão será emitido com um número diferente e, em alguns casos, um novo PIN. Se ele estiver vinculado a pagamentos recorrentes, como assinaturas de serviços ou contas, o cidadão deve lembrar-se de atualizar as informações.
Monitorar os extratos bancários e ativar notificações de compras também pode ajudar a identificar qualquer movimentação suspeita. Caso o banco negue o pedido de estorno de compras indevidas, a vítima pode contestar a decisão junto ao Banco Central ou ao Procon. Se o problema persistir, basta recorrer aos Juizados Especiais Cíveis para tentar recuperar o dinheiro.
Meus documentos foram roubados, e agora?
O primeiro passo é verificar se algo além dos documentos foi perdido, como os próprios cartões bancários, carteira de motorista (CNH) ou qualquer outro registro importante. Por ser comum que em festas as pessoas utilizem a capinha do celular para guardar identidades e cartões, conferir o que foi tomado pode ajudar a ter uma noção de como agir.
Depois, o cidadão deve registrar um BO, que pode isentá-lo de pagar taxas de emissão de uma segunda via e comprova a existência de um crime, quando ocorrido.
Como recuperar os documentos?
Antes de partir para a solicitação da segunda via, o cidadão pode consultar o serviço de achados e perdidos dos Correios. Basta acessar o site oficial e utilizar a opção de busca por documentos perdidos. Inserir o nome completo ou aquele que está no que foi perdido. Caso ele seja encontrado, o sistema informará em qual agência dos correios o cidadão pode ir buscar, e fica disponível por 60 dias antes de ser encaminhado ao órgão emissor.
Entretanto, se nada for encontrado, o cidadão pode solicitar a segunda via.
Como tirar a 2ª via do RG
A solicitação pode ser feita online ou presencialmente na Secretaria de Segurança Pública. A partir deste ano, aquele que perder o RG receberá a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). Para realizar o pedido, basta ter mais de 16 anos de idade.
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O processo exige o preenchimento de formulários e envio de documentos digitalizados. A emissão custa R$ 53,00, permitindo que o cidadão pague com Pix, boleto bancário ou cartão de débito. Têm isenções aqueles desempregados há mais de 3 meses, mulheres acima de 60 anos e homens acima dos 65, e pessoas que obtiverem a declaração de pobreza.
O prazo de entrega gira em torno dos 10 a 15 dias úteis pelos correios, ou a retirada em até 180 dias do documento no local de realização.
Como tirar a 2ª via da CNH?
A segunda via da CNH pode ser realizada em caso de perda, roubo, furto ou mau estado de conservação. O motorista deve acessar o site do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), escolher o canal de atendimento e efetuar o pagamento da taxa de emissão e envio, no valor de R$ 133,17 em São Paulo, por exemplo.
Na hora de emitir o novo documento, será necessário ter o RG oficial com foto e dados de endereço atualizados. O prazo máximo para conclusão é de até 10 dias.
E se meu celular foi roubado, o que faço?
Depois de registrar o BO, a vítima precisa solicitar o bloqueio da linha e do aparelho. Basta ligar para a operadora de telefonia para bloquear o SIMCard e o IMEI do celular, ou acessar o aplicativo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Celular Seguro, e bloquear a linha e até alguns aplicativos instalados no celular tomado.
Também é recomendado utilizar as ferramentas do próprio fabricante para bloquear, rastrear ou apagar os dados do dispositivo. Usuários de Android podem acessar o serviço “Encontrar meu dispositivo”, enquanto donos de iPhone devem usar a função “Buscar iPhone” via iCloud.
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Além disso, trocar as senhas de redes sociais, e-mails e aplicativos bancários pode evitar acessos não autorizados. Em casos de aplicativos financeiros instalados, o usuário pode contatar os bancos para relatar o roubo e reforçar a segurança de suas contas.
Se recuperar o celular perdido no carnaval, será necessário ligar novamente para a operadora ou à polícia para pedir o desbloqueio do IMEI, fornecendo os dados necessários para comprovar a posse do telefone. Já o desbloqueio realizado por ferramentas do fabricante deve ser feito seguindo as orientações da Apple ou do Google.