O Conselho de Administração da Casas Bahia (BHIA3) aprovou, no contexto do Plano de Transformação da Estrutura de Capital, a realização da oferta pública de distribuição de debêntures (títulos de dívida) da 11ª emissão, em até quatro séries, sendo que as séries 1 e 4 serão da espécie com garantia real e não conversíveis em ações, enquanto as 2 e 3 serão quirografárias (que não desfrutem de privilégios) e conversíveis em ações ordinárias.
O valor total da operação poderá chegar a R$ 3,950 bilhões. O volume máximo da primeira série da nova emissão foi fixado em R$ 437,472 milhões, e o da quarta, em R$ 145,824 milhões. De acordo com a varejista, os recursos captados poderão ser destinados ao reperfilamento do passivo da décima emissão e ao reforço de caixa.
As debêntures das séries 2 e 3 serão conversíveis em ações ordinárias na proporção de uma ação por título, tomando como referência o preço de emissão de R$ 3,71, correspondente ao preço médio ponderado por volume (VWAP) dos 90 pregões anteriores. Em razão da possibilidade de conversão, haverá direito de prioridade para os atuais acionistas na subscrição das séries 2 e 3.
Segundo a companhia, as debêntures da segunda série serão obrigatoriamente convertidas na data de vencimento, em até 30 meses contados da data de emissão, ou no vencimento antecipado, com possibilidade de conversões trimestrais a pedido dos titulares. Já as debêntures da terceira série terão conversão facultativa, a critério de cada investidor.
As ações resultantes da conversão ficarão sujeitas a lock-up (período no qual os investidores não podem vender as ações de uma empresa, sob pena de multa), liberado em cronograma semelhante às janelas de conversão das debêntures da segunda série.
Em fato relevante, a Casas Bahia reforça que a implementação da 11ª emissão depende de fatores fora do controle da companhia, entre eles a aprovação do reperfilamento das debêntures nas respectivas assembleias de debenturistas. De acordo com o documento, o Grupo Casas Bahia está em tratativas avançadas com titulares desses papéis e vê “conforto quanto à obtenção dos quóruns necessários” para a aprovação.
As condições completas da emissão da Casas Bahia (BHIA3), assim como orientações para participação dos acionistas na oferta prioritária, serão divulgadas na escritura de emissão e nos demais documentos.