CBA reporta prejuízo e ações sofrem nesta quinta-feira (7) (Foto: Adobe Stock)
As ações da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) [CBAV3] caem 17,33%, a maior queda do mercado no pregão de hoje (7) até o momento. O resultado negativo veio depois da divulgação do balanço da empresa na noite de ontem (6), que registrou prejuízo líquido de R$ 73 milhões no segundo trimestre, frente a R$ 74 milhões em igual período de 2024. Apesar da queda, o Ibovespa não foi afetado, já que a CBA não compõe a carteira do índice.
O volume de vendas de alumínio totalizou 119 mil toneladas no trimestre, com queda de 7% na comparação anual, influenciada, segundo a empresa, por uma demanda atípica por tarugos e lingotes registrada em 2024. Ao todo, 91% do volume se concentrou no mercado nacional, em linha com o trimestre anterior e com o patamar histórico da empresa.
A companhia deu destaque ainda para o desempenho de produtos transformados, que registraram crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado e de 4% em relação ao primeiro trimestre do ano. A melhora foi impulsionada, de acordo com a companhia, pela demanda por chapas e folhas, especialmente nos segmentos de embalagens e bens de consumo.
No segmento de reciclagem, as vendas somaram 24 mil toneladas, mantendo-se estáveis frente ao segundo trimestre de 2024, mas com queda de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2025. A retração trimestral está relacionada à menor demanda do setor de autoconstrução no mercado.
A produção de alumínio líquido no trimestre foi de 86 mil toneladas, com recuo de 5% em relação ao mesmo período de 2024. O indicador foi impactado por uma parada de manutenção na refinaria de alumina.
“A iniciativa foi necessária para garantir a integridade do processo produtivo da planta localizada em Alumínio (SP). Com menor volume de alumina interna, a empresa optou pela antecipação da reforma dos fornos de produção de alumínio, que já estavam previstos no cronograma de curto prazo. A produção de alumínio líquido já foi retomada e opera, no terceiro trimestre, em níveis normalizados”, diz a CBA.
A CBA diz ainda que tem melhorado seu perfil de endividamento, com prazo médio e custo médio em dólar que saíram, respectivamente, de 4,74 anos e 6,37% ao ano (a.a) no segundo trimestre de 2024, para 5,12 anos e 5,95% a.a. no mesmo período de 2025. A alavancagem da companhia está em 2,29 vezes.