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CBA (CBAV3) registra prejuízo 48% maior no 2º Tri; veja motivo

A dívida líquida da empresa somou R$ 3,581 bilhões, 23% maior ante o primeiro trimestre

CBA (CBAV3) registra prejuízo 48% maior no 2º Tri; veja motivo
Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) - (Foto: Adobe Stock)

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) registrou prejuízo líquido de R$ 74 milhões no segundo trimestre de 2024, 48% maior ante a perda de R$ 50 milhões registrada em igual período de 2023, conforme mostra o balanço da companhia divulgado na noite da quarta-feira (7).

O resultado negativo foi provocado pela influência da desvalorização cambial, visto que a empresa registrou maiores despesas financeiras em dívidas vinculadas ao dólar. Outro fator em patamar menos relevante, mas que refletiu nas perdas, foi a não realização da venda da unidade de mineração de níquel em Niquelândia (GO), explicou a diretora Financeira e de Relação com Investidores da CBA, Camila Abel.

O Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) da CBA no mesmo intervalo foi de R$ 339 milhões, valor 3,5 vezes superior ao registrado no segundo trimestre de 2023 e 132% maior ante o intervalo de janeiro a março deste ano. A margem Ebitda foi de 16%, aumento sequencial de oito pontos porcentuais e alta anual de 12 pontos porcentuais.

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“Esperamos ver uma melhora consistente da nossa margem nos próximos trimestres”, afirmou Camila, mencionando que a combinação entre a melhora nas condições de mercado e a estabilização nas salas fornos devem contribuir para a companhia alcançar um patamar favorável de rentabilidade.

A receita líquida no período somou R$ 2,065 bilhões, número 24% superior na comparação anual e 23% maior no intervalo trimestral. Conforme Camila, houve aumento da receita e maiores preços de referência na LME (London Metal Exchange), fatores que impulsionaram a receita no segundo trimestre.

O preço médio do alumínio da LME no período foi de US$ 2.520 a tonelada, avanço de 12% na comparação com igual período do ano anterior e alta de 15% ante o primeiro trimestre de 2024.

Segundo a produtora de alumínio em seu balanço, a melhora das perspectivas macroeconômicas, principalmente na China, impulsionou o preço do metal no período.

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Outro ponto destacado pela companhia foi que o aumento no preço do cobre na LME também foi um fator relevante para o aumento do preço do alumínio, visto que historicamente há uma tendência de substituição de cobre por alumínio quando a relação entre o preço dos metais passa de 4 vezes.

Endividamento da CBA

A dívida líquida da CBA somou R$ 3,581 bilhões, 23% maior ante o primeiro trimestre de 2024. A empresa comenta em seu balanço que 83% denominada em dólar, considerando os contratos de derivativos (swaps). O restante da dívida, equivalente a 17%, está denominado em reais.

O prazo médio total de pagamento é de 4,47 anos, menor ante os 4,71 anos registrados ao final de março. Já o custo médio da dívida é de 6,37%, ligeiramente superior à taxa de 6,27% do primeiro trimestre deste ano.

Segundo a CBA, 45% da dívida em junho foi destinada a projetos com impacto ambiental positivo ou associados ao desempenho de indicadores de sustentabilidade.

A dívida bruta da CBA somou R$ 5,3 bilhões ao final de junho, 19% maior se comparado ao final de março, refletindo a desvalorização do real frente ao dólar norte-americano, de US$ 5,00 para US$ 5,56 ao fim de cada período.

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Outro fator que influenciou no indicador, segundo a CBA, foi a captação que a empresa fez junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) no montante de R$ 72 milhões para financiamento dos projetos de modernização das Salas Fornos 3 na fábrica de Alumínio da CBA e implantação da linha de beneficiamento de sucatas na fábrica da Metalex.

A alavancagem da CBA (CBAV3), medida pela relação entre dívida líquida e o Ebitda dos últimos 12 meses, caiu para 5,66 vezes, ante o resultado de 7,89 vezes apurados ao final de março e 3,88 vezes no mesmo período do ano anterior.

*Com informações do Broadcast