A Cemig (CMIG4) decepcionou no primeiro trimestre com o desempenho de sua unidade de negócios de Geração e Transmissão (GT) e o aumento de provisões, na avaliação da equipe do Santander (SANB11). O lucro de R$ 1,162 bilhão reportado pela Cemig ficou 18,9% acima do estimado pela equipe do banco, diferença que é atribuída a resultados financeiros e de equivalência patrimonial melhores que o esperado.
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O lucro bruto de R$ 3,24 bilhões ficou 2,3% acima da previsão do banco, refletindo o aumento de 4,4% nos volumes vendidos na Distribuição, os reajustes tarifários e as fortes receitas de transmissão (RBSE). Os analistas André Sampaio e Guilherme Lima consideram, porém, que o desempenho foi prejudicado pela piora no déficit hídrico, na comparação anual, e pela redução nos volumes de gás distribuídos.
Em relatório, eles também citaram os custos gerenciáveis totais ajustados (incluindo provisões e outros) aumentaram 8,5% na comparação anual e ficaram 5,8% acima ds estimativas, embora os custos com pessoal, materiais e serviços de terceiros (PMS) tenham subido abaixo do previsto, com alta anual de 8,3%.
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Do ponto de vista operacional, os analistas salientaram que as perdas na distribuição permaneceram abaixo dos níveis regulatórios e que os parâmetros de qualidade se recuperaram em relação ao ano de 2023, voltando abaixo dos níveis regulatórios. Já na Cemig GT, o destaque foi a assinatura de novos contratos no trimestre, no montante total de 32 megawatts médios (MW médios) para o período entre 2025 e 2029.