Mesmo diante de incertezas em relação aos temas fiscais, Finkelsztain destacou que há perspectivas de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) nos próximos trimestres, com empresas se preparando para a abertura de capital. Com o início do ciclo de afrouxamento monetário e a menor competição por recursos em mercado emergente, ele enxerga que o País deve se destacar diante de outros pares, como México, Rússia e China.
“O mercado brasileiro de ações e derivativos ainda possui muitas oportunidades de crescimento e sofisticação. Não tem uma bala de prata, precisamos de combinação de educação financeira e democratização de investimentos para atrair a população”, afirmou.
Apesar de um cenário de juros altos nos Estados Unidos e dúvidas em relação ao crescimento chinês provocarem preocupação no mercado, os ativos brasileiros com preços competitivos devem chamar a atenção do capital externo.
Para Finkelsztain, a educação financeira também é um pilar para destravar o mercado de capitais no País e democratizar o acesso às aplicações. Dentre os lançamentos mais recentes da B3, ele destacou o app Hub B3, desenvolvido em parceria com a Nelogica, além dos novos títulos lançados junto ao Tesouro Nacional em 2023, no caso, o Renda+, focado em aposentadoria, e o Educa+, feito para financiar a educação de jovens.
“Se a gente fizer a lição de casa, com inclusão financeira, juros mais baixos e responsabilidade fiscal, o mercado brasileiro pode ser um candidatos a ter um 2024 muito rico”, concluiu.