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China aumenta regulação sobre empresas com influenciadores digitais

A decisão destaca a crescente preocupação do país com as empresas por trás de grande parte do conteúdo viral

China aumenta regulação sobre empresas com influenciadores digitais
Xi Jinping, presidente da China (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

A China vai “corrigir” empresas com influenciadores de mídia social, como parte de um plano de “limpeza do ciberespaço” anunciado nesta quinta-feira pelo regulador do setor.

O foco da campanha incluirá a retificação de agências de redes multicanais (MCN), vídeos curtos e transmissão ao vivo, além de reprimir rumores na internet, segundo Sheng Ronghua, vice-diretor da Administração do Ciberespaço da China (CAC).

A decisão destaca a crescente preocupação do CAC com as empresas por trás de grande parte do conteúdo viral visto nas mídias sociais chinesas.

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As empresas MCN estão por trás de 40% das contas com mais de 10 milhões de seguidores nas maiores plataformas de mídia social da China, segundo Zhang Yongjun, funcionário do CAC, que disse que futuras medidas vão mirar empresas cujos influenciadores produzem conteúdo tido como prejudicial à sociedade.

Entre as medidas estarão punições mais severas, proibição para produzir influenciadores infantis e postar conteúdo homogêneo online em massa. O regulador também exigirá que as agências dos influenciadores sejam claramente exibidas em suas contas e disse que criará um canal de denúncia.

“Nossa regulamentação não significa que queremos matá-las, mas esperamos que elas estejam sob a lei e padronizadas”, disse Zhang, que acrescentou que o CAC divulgará em breve regras para governar a produção de conteúdo.

Como resultado de 15 operações lançadas pelo CAC no ano passado para criar um ciberespaço que reflita os valores socialistas da China, 1,34 bilhão de contas, 22 milhões de informações online e mais de 7.200 transmissões ao vivo e sites, foram removidos, disse o regulador.

Em 2021, o CAC também fez verificações nos algoritmos de mais de 300 empresas de mídia de notícias, plataformas de comércio eletrônico e plataformas de vídeo, o que viu como uma experiência que lançou as bases para outras medidas deste ano.

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