Após a realização do leilão da oferta pública de aquisição (OPA) de ações da Cielo (CIEL3), os próximos passos incluem o pagamento aos acionistas minoritários e também o pedido à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que converta o registro da empresa da categoria A para a B, o que permitirá que saia da Bolsa.
Leia também
De acordo com o edital da oferta, o pagamento aos acionistas que aderiram e tiveram suas ofertas aceitas será feito à vista na sexta-feira (16) dois dias úteis após o leilão. Serão pagos ao todo R$ 4,288 bilhões, dinheiro que sairá do caixa da EloPar.
A holding, que é controlada pelo Bradesco (BBDC4) e pelo Banco do Brasil (BBAS3), é a dona de empresas como Alelo e Livelo e acionista da bandeira Elo, que estiveram entre as compradoras de ações no leilão. É sob a EloPar que Bradesco e BB, controladores da Cielo, manterão a companhia após sua saída da Bolsa.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Como os dois bancos obtiveram o aval de detentores de mais de dois terços das ações que pretendiam comprar, poderão pedir à CVM a saída da Cielo da Bolsa. Após receber os demonstrativos do leilão, a autarquia tem 15 dias úteis para verificar se os requisitos da mudança de registro foram atendidos. Após este prazo, terá mais 15 dias úteis para se manifestar sobre a mudança.
O edital prevê que após a liquidação da oferta, se o total de ações ainda em Bolsa for inferior a 5% do capital da Cielo, a empresa terá de convocar uma assembleia extraordinária para aprovar o resgate compulsório das ações remanescentes pelo mesmo preço do leilão da OPA, mais ajuste pela Selic acumulada até a liquidação, que deve ser feita até 15 dias após a assembleia.