O Citi reiterou recomendação neutra/alto risco para o Bradesco (BBDC4) após o quarto trimestre de 2023, mas reduziu as estimativas de lucro para 2024 em 20% (R$ 18,8 bilhões) e para 2025 em 14% (R$ 23,7 bilhões). Como justificativa, a casa avalia que o plano estratégico da nova gestão pode trazer uma melhor rentabilidade no futuro, mas parece adiar sua recuperação e acrescenta muita incerteza ao caso.
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“Com perspectivas de retornos abaixo do custo de capital nos próximos 2 anos, acreditamos que a ação dificilmente pode ser negociada acima de 1 vez o Preço por Valor Patrimonial (P/BV), limitando qualquer potencial valorização”, afirmam os analistas Rafael Frade, Brian Flores, Jose Luis Cuenca, e Gabriel Gusan, em relatório enviado a clientes.
O banco, assim, cortou o preço-alvo da ação preferencial do Bradesco de R$ 17,50 para R$ 15,70, o que representa potencial de alta de 16,50% sobre o fechamento da última sexta-feira (16). O guidance (projeções) do Bradesco para 2024 foi considerado seguro e conservador pelo Citi, que destaca que este provavelmente não será relevante para o desempenho das ações, dado o overhang (pressão vendedora) dos baixos retornos plurianuais.
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Os analistas estimam que a receita líquida de juros (NII) do Bradesco deve ser impulsionada pelo novo risco na originação de novos créditos, enquanto o custo do risco muito acima dos valores históricos pode surpreender pelo lado positivo. “Estimamos um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 11% para 2024, acima dos 10% implícitos no ponto médio do guidance, mas como mencionamos, isso não deve ser algo que moverá materialmente a ação”, dizem Frade, Flores, Cuenca e Gusan.
