Citi vê resultado sólido da Neoenergia (NEOE3) no 3T25 e recomenda compra com potencial de alta de 19,7%
Banco destaca desempenho forte na distribuição, avanço do Ebitda acima das estimativas e melhora operacional; Iberdrola pode impulsionar papéis se decidir fechar capital da empresa
Citi manteve recomendação de compra para Neoenergia (NEOE3) após resultado do 3º trimestre de 2025, com Ebitda 6% acima do esperado e potencial de valorização de 19,7%, segundo analistas João Pimentel e Felipe Lenza. Foto: Ricardo Moraes/Reuters
O Citi avalia que a Neoenergia (NEOE3) apresentou bons resultados no terceiro trimestre de 2025. Os analistas João Pimentel e Felipe Lenza apontam que o Ebitda consolidado, excluindo equivalência patrimonial, alcançou R$ 3,357 bilhões, alta de 13% sobre um ano antes. Ajustado por Valor Normativo de Referência (VNR) (+R$ 276 milhões), efeitos de IFRS em transmissão (+R$ 322 milhões) e outros itens não recorrentes (-R$ 14 milhões), o Ebitda ficaria em R$ 2,773 bilhões – avanço de 11% na comparação anual e 6% acima das estimativas do próprio banco.
Mantendo recomendação de compra, o Citi vê uma valoração atraente diante de taxa interna de retorno real de 12%, melhoria operacional, desalavancagem gradual e potencial espaço para dividendos maiores. Com a Iberdrola tendo adquirido os 30,29% da Previ na empresa, o banco enxerga risco de alta caso a controladora decida fechar o capital da Neoenergia. O preço-alvo para a companhia é de R$ 34, o que representa um potencial de valorização de 19,7%, ante o último fechamento.
Sobre o trimestre, o banco destaca que o desempenho veio, sobretudo, da distribuição. O Ebitda do segmento, sem VNR, somou R$ 2,292 bilhões, incremento de 11% ano a ano e 4,5% superior ao projetado pelo Citi. A instituição atribui o resultado a reajustes de tarifa, além de menores perdas não técnicas. entre as subsidiárias, a Companhia energética de Brasília apresentou resultado de R$ 119 milhões ante R$ 97 milhões esperados e a Cosern registrou R$ 270 milhões versus R$ 228 milhões, surpreendendo positivamente. Po outro lado, a Celpe teve R$ 350 milhões frente a R$ 373 milhões e foi o “ponto negativo”.
Já o volume faturado, excluindo geração distribuída, recuou 1,8%, puxado por quedas de 3,1% na Celpe e de 2,5% na Elektro. As perdas de energia caíram sequencialmente, com Coelba e Cosern abaixo dos níveis regulatórios; apenas Celpe e CEB ficaram ligeiramente acima. As despesas de despesas com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outras Despesas (PMSO) subiram 9,5% em 12 meses, ritmo maior que a inflação IPCA de 5,17% no mesmo período.
Na geração, o Ebitda, também sem equivalência, foi de R$ 412 milhões. O resultado superou as projeções graças a R$ 17 milhões positivos da área de trading e a R$ 6 milhões vindos da Termope. A receita de renováveis sofreu: geração eólica caiu 6,8%, solar 16,5% e hídrica 50% após a venda de Baixo Iguaçu. O contrato de capacidade da Termope compensou parte da fraqueza. Em transmissão, o Ebitda regulatório atingiu R$ 167 milhões, frente a R$ 150 milhões esperados, já com contribuição de Vale do Itajaí, Guanabara, Morro do Chapéu e Alto Paranaíba.
O lucro líquido ajustado, excluindo itens não recorrentes, ficou em R$ 539 milhões. A alavancagem subiu levemente para 3,52 vezes dívida líquida/Ebitda, ante 3,46 vezes no trimestre anterior.
Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast