

A perspectiva de corte dos juros no Brasil no primeiro trimestre do próximo ano levou o Citi a avaliar quais empresas de sua cobertura estão mais expostas ao afrouxamento monetário.
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A perspectiva de corte dos juros no Brasil no primeiro trimestre do próximo ano levou o Citi a avaliar quais empresas de sua cobertura estão mais expostas ao afrouxamento monetário.
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“Ajustamos o modelo de cada empresa coberta para um custo de dívida 100 pontos-base menor e ordenamos pelo impacto resultante no lucro líquido, avaliamos os fatores de despesa não financeiras, como a sensibilidade da receita às taxas (importante para construtoras de imóveis de médio e alto padrão) e selecionamos o que acreditamos serem as duas empresas mais expostas em cada setor”, disse a equipe liderada por André Mazini.
Segundo o Citi, os dois métodos resultam em uma lista de 18 ações que devem se beneficiar de um ciclo de corte. Entre os setores mais sensíveis às taxas de juros estão o mercado imobiliário, serviços públicos e varejo, e a lista inclui Cyrela, Energisa e Magazine Luiza.
O Citi ressaltou que fatores secundários e não diretos podem afetar a sensibilidade de uma ação a cortes de taxas; por isso a equipe realizou uma análise qualitativa. Nessa etapa, os analistas avaliaram fatores não financeiros que influenciam as despesas das empresas cobertas, como a sensibilidade da receita bruta às taxas de juros.
“O objetivo dessa abordagem foi selecionar de 2 a 4 empresas de cada setor coberto para compor a lista final, garantindo uma composição mais diversificada e abrangente.”
Segundo o banco, essa metodologia explica por que algumas das ações mais sensíveis a taxas listadas não foram incluídas na lista final – com exclusões notáveis como Braskem, Qualicorp, CVC Brasil, JSL e Jalles Machado.
“Enquanto, por um lado, a avaliação subjetiva de nossos analistas levou à exclusão de certas ações do filtro final, por outro lado, essa mesma avaliação os incentivou a incluir ações que não se destacam tanto em termos de sensibilidade ao custo da dívida, mas que, em sua visão, são adequadamente sensíveis às taxas de juros”, disse o Citi.
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Segundo o banco, há oito ações incluídas na lista final com base na avaliação subjetiva dos analistas: Assaí, Minerva, Randon, B3, BTG Pactual, CSN, Cyrela Realty e Vibra Energia.
Diante disso, no cenário de afrouxamento monetário, o Assaí, por exemplo, segundo o Citi, pode se beneficiar da queda dos juros, pois é geradora de caixa, mas ainda tem alavancagem elevada, com relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 3 vezes. “Com taxas de juros mais baixas, a empresa aceleraria o processo de desalavancagem, ao qual a administração está altamente comprometida.”
Já a B3, a Bolsa brasileira, de acordo com o Citi, é conhecida como uma ação de duplo beta, pois seus lucros estão ligados ao ciclo do mercado de ações. Com taxas de juros mais baixas, é provável que a ação se beneficie.
Para a Cosan, o Citi afirma que a empresa possui alta alavancagem e não há perspectiva de redução significativa no futuro próximo. “No entanto, poderíamos ver uma potencial reavaliação da empresa em um cenário de taxas de juros mais baixos.”
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