

O Citi avalia que, após um ano frustrante em termos de participação no mercado e retornos, a Vibra (VBBR3) deve mostrar resultados melhores pela frente, com volumes maiores e maior rentabilidade.
Com relação aos volumes, o banco espera que a empresa aumente a sua participação no mercado a partir da estratégia de crescimento de cinco pilares, enquanto melhora margens na indústria de distribuição de combustíveis, principalmente pela menor competitividade dos pequenos jogadores, com base em um maior custo de capital e um reforço da luta contra as atividades ilegais da indústria durante o ano.
Considerando os atuais preços de combustíveis praticados pela Petrobras (PETR4), o Citi acredita que a janela de importação para o fornecimento de diesel russo está aberta, o que traz competitividade para os pequenos players. No entanto, os analistas Gabriel Barra e Pedro Gama acreditam que a Petrobras manterá os seus preços abaixo do preço de paridade de importação (PPI) ao longo do ano, o que seria positivo para a Vibra, pois enfrentaria menos concorrência.
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Para o primeiro trimestre, a expectativa do Citi é que os números da Vibra devem vir melhores, pela menor competição e devido ao aumento do ICMS sobre combustíveis e do preço do diesel fornecido pela Petrobras no mês passado. “Apesar da potencial desaceleração ao longo do ano, esperamos que a demanda por combustíveis aumente acima do PIB, respaldada pela força da indústria do agronegócio, que pode enfrentar uma forte colheita em 2025”, escrevem os analistas.
Além disso, é possível que a Vibra comece a colher sinergias da aquisição da Comerc e reduza alguns investimentos, a fim de diminuir sua alavancagem. No entanto, os resultados financeiros em 2025 ainda devem piorar, principalmente pelo aumento da dívida líquida, após a aquisição da Comerc, o anúncio de pagamento de dividendos ao longo do ano e devido à taxa Selic mais alta.
Mesmo assim, o Citi espera que a Vibra gere um fluxo de caixa livre (FCF) recorrente atrativo durante o ano, que poderia ser impulsionado por créditos tributários e/ou uma margem maior do que o esperado, se o País enfrentar um fornecimento de combustível mais apertado durante o ano.
O banco mantém a recomendação de compra para as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 25, o representa um potencial de alta de 46,9% ante o fechamento da sexta-feira (28).
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