Assuntos que estão na moda – como inteligência artificial (IA) atualmente e cripto anteriormente – costumam ser os que mais geram interesses nas famílias clientes de multi-family offices. As teses de impacto, relacionadas a práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), também tem atraído atenção por estarem na pauta da sociedade. Guilherme Ghidetti, sócio e diretor de invetimentos (CIO) do Jera Capital, diz que o desafio tem sido projetar perspectivas de retorno nestes investimentos, mesmo com o interesse dos clientes.
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Para Joaquim Bordon, líder de investimentos privados no Julius Baer Family Office, muitos demonstram querer, mas poucos já adicionaram os ativos ESG na carteira. “Ainda estão na fase de entender.”
Os gestores de fortunas falaram sobre ativos alternativos em evento promovido pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).
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Bordon indica que energia renovável é uma área em que há mais conforto, porque o retorno tem se concretizado. “É a forma que tentamos trazer para a realidade, buscando um setor em que temos conforto.”
Ghidetti aponta que as famílias têm grande atração por ativos imobiliários, quando se fala em ativos alternatvos. “Setores que eles têm mais conhecimento são mais fáceis de introduzir. Mas não necessariamente são estes os melhores investimentos. O conhecimento prévio pode facilitar o começo da conversa, mas é preciso seguir todo o processo.”
Rodrigo Louro, gestor do Turim, aponta que o segmento imobiliário nos Estados Unidos mostrou demanda crescente nos últimos seis meses. “Mas temos que mostrar que o custo tributário para não-residentes é muito alto. Com isso, muitos clientes reavaliam o interesse.”