(Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) – Os contratos futuros de cobre registraram ganhos, nesta terça-feira. O metal foi apoiado pelo recuo do dólar durante a sessão, mas os ganhos eram contidos em meio a temores sobre uma eventual recessão global, em dia de publicação de indicadores fracos na Europa e nos Estados Unidos.
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O cobre para setembro fechou em alta de 1,20%, em US$ 3,6955 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), e o cobre para três meses avançava 0,87%, a US$ 8.122,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME), às 14h15 (de Brasília).
No câmbio, o dólar recuou em geral durante a sessão do cobre. Isso torna o metal, cotado na moeda americana, mais barato para os detentores de outras divisas, o que apoia a demanda.
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Por outro lado, na agenda de indicadores o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA recuou de 47,7 em julho a 45,0 na preliminar de agosto, na mínima em 27 meses. Apenas no setor industrial, o PMI caiu a 51,3 na prévia de agosto nos EUA. Ainda no país, as vendas de moradias novas caíram mais que o esperado por analistas em julho ante junho. Na zona do euro, o PMI composto teve baixa a 49,2 na preliminar de agosto, com o PMI industrial em queda a 49,7, na mínima em 26 meses.
O TD Securities diz, em relatório a clientes, que os metais usados na indústria continuam apoiados por riscos do lado da oferta, como problemas no fornecimento de energia que reverberavam. Na Europa, o gás recebido pela Alemanha através do gasoduto Nord Stream 1 será cortado por três dias na próxima semana, e há o temor de mais cortes, em meio às tensões com a guerra na Ucrânia e as sanções subsequentes contra Moscou. O TD Securities destaca ainda o caso da China, com a pior seca desde os anos 1960, que prejudica a oferta de energia em parte do país. Para o banco de investimentos, o cobre e o níquel “parecem particularmente vulneráveis a ventos contrários na demanda por commodities”.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado a tonelada do alumínio para três meses subia 1,67%, a US$ 2.428,50; a do chumbo caía 2,04%, a US$ 1.973,50; a do níquel operava em baixa de 3,19%, a US$ 21.700; a do estanho recuava 0,33%, a US$ 24.420; e a do zinco caía 0,99%, a US$ 3.489.