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Cobre fecha em alta, de olho nos impactos da ômicron

Atenção no mercado se volta especialmente pelas potenciais disrupções no fornecimento e na demanda

Cobre fecha em alta, de olho nos impactos da ômicron
Foto: Pixabay

Os contratos futuros de cobre fecharam em alta hoje (2), em sessão na qual o metal avança após ter recuado seguindo a publicação de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) na China que sugeriram uma desaceleração, e potencial menor demanda, no maior consumidor mundial da commodity. Os impactos da variante ômicron do coronavírus seguem alvo de intensa atenção no mercado, especialmente pelas potenciais disrupções no fornecimento e na demanda.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março avançou 1,21%, a US$ 4,2990 por libra-peso, enquanto a tonelada do metal para três meses na London Metal Exchange (LME) subia 0,21% às 15h43 (de Brasília), a US$ 9.464,00.

Para o TD Securities, a ômicron “pode exacerbar a dicotomia presente em metais básicos”. Os ventos contrários macro aumentam há meses. A demanda chinesa por matérias-primas diminuiu consideravelmente este ano, conforme destacado pelos PMIs de manufatura do país flertando com a contração”, aponta. Por outro lado, o estado da cadeia de suprimentos é fundamental para as perspectivas para metais básicos, avalia. Há sinais nascentes de afrouxamento nos gargalos, mas a variante ômicron ainda representa uma ameaça para o abastecimento, conclui o banco de investimentos.

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Um metal que vem se destacando é o cobalto, que já dobrou de preço em 2021, e para o qual a Capital Economics espera ainda maior avanço na medida em que a demanda para seu uso em carros elétricos, dentro de uma transição verde, aumente. Além disso, a consultoria espera que o fornecimento do metal provavelmente se torne ainda mais problemático. A República Democrática do Congo (RDC) responde por mais de 70% da oferta global e, este ano, o governo anunciou a proibição das exportações de concentrados de cobalto, o que significa que eles precisarão ser processados localmente, aponta.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio recuava 2,18%, a US$ 2.606,50, a do níquel tinha queda de 0,18%, a US$ 19.910,00, a do chumbo caía 2,41%, a US$ 2.246,00, a do zinco cedia 1,34%, a US$ 3.159,50, e a do estanho recuava 0,28%, a US$ 38.975,00.