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- Para eliminar todas as perdas e, quem sabe, encerrar o ano no azul, analistas do mercado citam que uma série de pautas precisa se confirmar para beneficiar o principal índice da bolsa brasileira antes de 2022
- O IBOV encerrou o último pregão de 2020 com uma alta de 2,92%, no acumulado daquele ano, aos 119.017,24 pontos. Encostar neste patamar parece pouco provável em pouco mais de um mês para o fim de 2021, segundo as fontes ouvidas pelo E-Investidor
O Ibovespa encerrou esta terça-feira (30) com queda de 0,87%, aos 101.915,45 pontos, fechando o quinto mês consecutivo de baixa. Em novembro, o índice ficou negativo em 1,53%. No ano, a desvalorização chega a 14,37%.
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Para eliminar todas as perdas e, quem sabe, encerrar o ano no azul, analistas do mercado citam que uma série de pautas precisa se confirmar para beneficiar o principal índice da bolsa brasileira antes de 2022.
O IBOV encerrou o último pregão de 2020 com uma alta de 2,92%, no acumulado daquele ano, aos 119.017,24 pontos. Encostar neste patamar parece pouco provável em pouco mais de um mês para o fim de 2021, segundo as fontes ouvidas pelo E-Investidor.
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Mas é possível que as perdas sejam reduzidas, desde que o cenário político em Brasília não gere mais ruídos e que o controle fiscal reduza o sentimento de desconfiança dos investidores.
Pedro Paulo Silveira, diretor de gestão de investimentos da Nova Futura, diz ter pouca esperança de que algum “milagre” ocorra para salvar o cenário fiscal e aliviar a situação do Ibovespa. Um exemplo disso, para ele, seria o anúncio de nova meta fiscal, como um novo teto.
“Mas eu tenho pouca esperança de que isso vá acontecer, sobretudo porque a situação econômica ainda continua mostrando dificuldade para crescimento, para emprego, para renda e inflação. Então isso tende a deixar o governo em uma situação mais propensa ao populismo do que efetivamente à austeridade fiscal”, diz Silveira, estimando que o índice de referência da B3 pode chegar aos 110 mil pontos ao fim de 2021.
Alexsandro Nishimura, economista e sócio da BRA, também não crê em “milagre de Natal”. Para ele, livrar o índice das perdas acumuladas em 2021 depende de uma mudança dos fatores que não estão nos preços hoje, como, em suas palavras, o arrefecimento da inflação, o retorno ao arcabouço fiscal anterior, com maior rigidez no controle dos gastos públicos, ou alguma indicação de respiro na atividade econômica.
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“Tudo isto parece pouco provável (de acontecer) para justificar uma melhora”, opina Nishimura. “O que pode ser interessante é que o investidor faça o stock picking, ou seja, a busca por oportunidades que possam render mais que a média mercado ou que sejam mais resilientes ao ambiente macroeconômico”, recomenda o sócio da BRA.
PEC dos Precatórios e commodities poderiam mudar o jogo?
Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos, também vê como improvável a bolsa encerrar o mês de dezembro no campo positivo. Para ele, uma possível aprovação da PEC dos Precatórios poderia melhorar o cenário e reduzir as incertezas fiscais.
“O setor de commodities pode surpreender para cima. Temos visto uma recuperação de certa forma acelerada, principalmente do minério de ferro, que reflete um peso bastante importante do Ibovespa, que são as mineradoras e siderúrgicas”, diz Crespi.
Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, concorda que o setor de matérias-primas é importante para uma possível recuperação da Bolsa, principalmente com a valorização das ações de Petrobras (PETR3, PETR4) e Vale (VALE3).
Além disso, Costa destaca a importância do Banco Central ajudar na ancoragem do preço dos ativos, “dado que a inflação acumulada nos últimos 12 meses está muito superior à taxa de juros de hoje”.
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