O cobre fechou em alta nesta sexta-feira (15), impulsionado pelo temor de que a crise energética, que eleva os custos de produção dos metais básicos, leve a uma redução da oferta. Além disso, o temor inflacionário também aumenta a demanda por essas commodities.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro subiu 2,12%, a US$ 4,7295 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do cobre para três meses avançava 2,56%, a US$ 10.240,00, às 14h05 (de Brasília). Em relação a sexta-feira da semana passada, os ganhos foram de 10,62% e 9,59%, respectivamente.
“Os metais básicos estão se recuperando em meio a uma crise energética que se intensifica, e os temores de inflação aumentados estão reacendendo o entusiasmo dos investidores, especialmente para o cobre”, afirma o estrategista de commodities Wenyu Yao, do ING.
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O banco holandês explica que o aumento do preço da energia, devido à crise energética global, tem elevado os custos de produção dos metais. Segundo Wenyu Yao, o impacto na oferta de cobre ainda não foi tão grande quanto o observado no alumínio e no zinco, mas os preços também sobem com uma queda dos estoques.
“Especialmente à luz do forte aumento nos preços da energia, os participantes do mercado estão cada vez mais preocupados que mais e mais fabricantes (em todo o mundo) reduzam sua produção, resultando em menos oferta disponível para os mercados”, destaca o analista Daniel Briesemann, do Commerzbank.
Com o retorno do temor inflacionário no mundo, segundo o ING, os investidores também aumentam a demanda por metais, vistos como uma proteção contra a inflação.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio avançava 1,62%, a US$ 3.167,50, enquanto a do níquel tinha alta de 3,50%, a US$ 19.970,00, a do chumbo subia 1,35%, a US$ 2.331,00, a do estanho registrava ganho de 0,78%, a US$ 37.210,00, e a do zinco subia 7,75%, a US$ 3.802,00.
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