Após a alta robusta de ontem, os contratos futuros de cobre fecharam em queda nesta quinta-feira, com o mercado de olho nos dados de crescimento da China – maior importadora do metal no mundo. Além disso, investidores monitoram o aumento das infecções pela Ômicron e uma recuperação no setor automobilístico global, que pode impulsionar a demanda.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março caiu 0,67%, a US$ 4,5460 por libra-peso, enquanto a tonelada do metal para três meses na London Metal Exchange (LME) teve queda de 1,12%, a US$ 9951,00.
A economia da China deverá crescer cerca de 5,5% este ano, segundo estimativa do Centro de Ciências da Projeção (CEFS, pela sigla em inglês). De acordo com a Capital Economics, os preços dos metais devem ser reduzidos pelo crescimento econômico mais lento do país asiático, particularmente em seu setor de construção. “Não esperamos que os preços dos metais industriais caiam de um penhasco até o final de 2022, mas achamos que eles diminuirão à medida que a atividade econômica chinesa esfriar e os gargalos de oferta diminuírem”, disse a consultoria em relatório enviado a clientes.
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Ainda segundo a Capital, uma melhoria da situação de oferta deve funcionar em conjunto com a diminuição da demanda do setor de construção da China, reduzindo os preços do cobre até 2022. “A maioria dos metais industriais tem pelo menos alguma exposição ao setor de construção e responde por pelo menos um terço do cobre consumido na China”, analisa a consultoria.
O TD Securities destaca que os comerciantes de commodities estão se preparando para um aperto no fornecimento, já que as infecções por covid-19 estressam as cadeias de suprimentos globais. “À medida que a China tenta conter o surto, os atrasos nos portos estão crescendo. Ao perturbar o fluxo de mercadorias, essas interrupções adicionam atritos ao comércio de commodities que têm sido associados a um crescente prêmio de risco de oferta embutido nos preços dos metais industriais. Curiosamente, os participantes do mercado parecem ter se adaptado a esses riscos, armazenando em antecipação aos problemas de oferta”.
No entanto, uma recuperação no setor automobilístico global deve impulsionar a demanda por metais básicos este ano, diz o Goldman Sachs. Isso se deve à aceleração da demanda de veículos elétricos e à normalização da produção de semicondutores. “O ciclo de reabastecimento, combinado com vendas e produção fortes em meio a uma oferta crescente de semicondutores, deve fornecer um impulso maior para todos os setores de metais básicos, especialmente alumínio, cobre e zinco”, disse Goldman.
Na LME, a tonelada do alumínio caiu 0,69%, a US$ 2962,00; a do chumbo teve alta de 0,51%, a US$ 2358,00; a do estanho teve queda de 1,50%, a US$ 40780,00; a do níquel subiu 0,50%, a US$ 22175,00; e a do zinco teve alta de 0,21%, a US$ 3559,50.
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