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Cobre fecha em queda por dólar forte, e recua mais de 4% na semana

Dólar forte tende a prejudicar commodities por torná-las mais caras a detentores de outras divisas

Cobre fecha em queda por dólar forte, e recua mais de 4% na semana
Foto: Pixabay

(Estadão Conteúdo) – O cobre fechou em queda nesta sexta-feira (17), pressionado pelo fortalecimento do dólar ao longo da sessão, o que tende a prejudicar commodities por torná-las mais caras a detentores de outras divisas. Na semana, o metal básico tombou mais de 4%, diante de indicadores macroeconômicos fracos da China e esforços de Pequim para reduzir os preços no mercado interno.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro fechou em baixa de 0,83%, e caiu 4,63% no acumulado semanal, a US$ 4,2460 por libra-peso. Já na London Metal Exchange (LME), a tonelada do cobre para três meses caía 0,77% às 14h42 (de Brasília), a US$ 9.260,00, perdendo 4,52% na semana.

A commodity industrial chegou a subir mais de 1% hoje, após a China injetar cerca de US$ 14 bilhões no setor bancário para conter os temores sobre a gigante do setor imobiliário chinês Evergrande, segundo avaliou a analista da corretora Marex Anna Stablum. O fôlego, porém, se provou momentâneo, e o fortalecimento do dólar em comparação com outras moedas fortes pesou sobre os contratos do cobre.

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De acordo com o TD Securities, o mercado repercutiu na última semana sinais de que a demanda chinesa pode enfraquecer fortemente, à medida que Pequim intensifica o escrutínio sobre o setor imobiliário. Além disso, a economia do país deu novos sinais de desaceleração, com dados decepcionantes de vendas no varejo e produção industrial em agosto.

O TD Securities também ressalta que é esperado que a China siga lançando reservas de cobre no mercado para tentar conter o preço do metal no mercado interno. Há ainda, de acordo com o banco de investimentos, uma “normalização” do consumo de bens nos EUA que afeta a demanda global por cobre.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio caia 0,74%, a US$ 2.869,00, a do níquel tinha alta de 0,15%, a US$ 19.410,00, a do chumbo cedia 0,73%, a US$ 2.189,00, a do estanho avançava 0,13%, a US$ 34.240,00, e a do zinco recuava 0,21%, a US$ 3.068,50.