(Letícia Simionato, Estadão Conteúdo) – O cobre recuou nesta terça-feira, pressionado pelo avanço do dólar, em meio à tensão geopolítica criada pela visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. A China, principal importador global do metal, realizará exercícios militares entre quinta-feira e domingo, em resposta.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para setembro recuou 0,68%, a US$ 3,5185 por libra-peso. Já na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses cedia 0,71%, a US$7.745,50, por volta de 14h50 (de Brasília).
O avião de Pelosi aterrissou em Taiwan hoje de manhã, apesar das ameaças chinesas. O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, avaliou que a viagem da presidente da Câmara desafia a soberania chinesa e mina “ainda mais” a credibilidade nacional americana.
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Para o ING, o euro poderá se enfraquecer ainda mais em relação ao dólar diante de movimentos indesejados na relação entre China e EUA.
“O espaço para uma desvalorização do dólar parece estar diminuindo, enquanto as relações entre União Europeia (UE) e Rússia e as perspectivas econômicas da zona do euro permanecem incertas”, avalia o banco. A valorização do dólar tende a prejudicar commodities cotadas na divisa americana, como os metais básicos.
“Um azedamento ainda maior no apetite ao risco ligado à viagem de Pelosi a Taiwan provocou uma fraqueza renovada. Em última análise, continuamos a ver os metais básicos em um regime de mercado de baixa”, analisa o TD Securities, em relatório enviado a clientes.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio caía 1,49%, a US$ 2.413,50; a do chumbo perdia 0,73%, a US$2.045,00; a do níquel tinha queda de 8,27%, a US$ 22.345,00; a do estanho cedia 2,04%, a US$ 24.250,00; e a do zinco se desvalorizava 2,70%, a US$ 3.276,50.
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