(Estadão Conteúdo) – Os contratos futuros de cobre fecharam em forte queda, nesta terça-feira, 17, em meio à generalizada aversão ao risco nos mercados financeiros, após dado de varejo nos Estados Unidos alimentar as preocupações quanto ao impacto econômico da variante delta do coronavírus.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para setembro cedeu 2,78%, a US$ 4,2060 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 2,27%, a US$ 9.227,50 por tonelada, às 14h06 (de Brasília).
Segundo o Departamento do Comércio dos EUA, as vendas no varejo do país tiveram queda de 1,1% em julho, na comparação com o mês anterior, a US$ 617,7 bilhões. O resultado frustrou analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam queda mais tímida, de 0,3%.
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O indicador impulsionou o dólar no mercado internacional, o que por sua vez pesou sobre commodities, ao torná-la mais caras e, portanto, menos atraentes. “O dólar continua a atrair apoio de riscos para o crescimento global, resultado das perspectivas incertas para a economia da China e a crise geopolítica no Afeganistão, e casos crescentes de Covid-19”, explica o Western Union.
O analista Ed Meir, da ED&F Man, acrescenta que investidores de cobre estão de olho no recente surto de covid-19 na China. “O congestionamento em dois dos principais portos de contêineres da China – Xangai e Ningbo – está piorando depois que o terminal de contêineres em Ningbo foi fechado por conta de um caso da Covid detectado lá na semana passada”, relata.
Entre outros metais negociados no pregão eletrônico da LME, no horário citado acima, a tonelada do zinco caía 0,79%, a US$ 3.007,00, a do estanho perdia 0,11%, a US$ 35.640,00, a do níquel tinha baixa de 1,56%, a US$ 19.205,00, a do chumbo diminuía 0,41%, a US$ 2.302,00 , e a do alumínio se desvalorizava 0,63%, a US$ 2.585,50.