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- De acordo com a Capital Economics, os preços do cobre e de outros metais básicos devem manter-se altos no curto prazo por causa da guerra na Ucrânia
O cobre fechou em baixa nesta sexta-feira e acumulou perdas de 4% ao longo da semana. Se nas últimas sessões a forte apreciação do dólar pesou sobre o metal básico, hoje investidores mostraram ceticismo quanto às promessas de estímulo econômico feitas pelo Politburo do Partido Comunista da China para alavancar a economia em meio à desaceleração do crescimento. A queda diária, porém, foi contida por preocupações com a oferta da commodity.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para julho caiu 0,56% hoje e 4,31% na semana, a US$ 4,4085 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do cobre para três meses tinha queda diária de 0,52% e semanal de 0,53%, a US$ 9.714,00, por volta de 15h00 (de Brasília).
Hoje, líderes chineses afirmaram que vão ampliar medidas de estímulo para cumprir com os objetivos econômicos deste ano em meio à guerra na Ucrânia e o surto local de covid-19. O mercado de metais básicos, no entanto, operou com ceticismo ante a promessa chinesa, segundo o TD Securities. Se focados no setor de infraestrutura, os estímulos podem ampliar a demanda por commodities no futuro, “mas a atenção dos traders permaneceu focada no ‘aqui e agora’, em que uma enxurrada de entregas de metal nos armazéns da LME está pesando nos preços”, argumenta o banco canadense, em relatório.
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Preocupações quanto à oferta peruana do metal, por outro lado, deram algum suporte aos preços hoje, à medida que uma onda de protestos obrigou a mina de Las Bambas a não operar pelo segundo dia seguido. Segundo o banco ANZ, os planos de testagem em massa para covid-19 nas cidades chinesas de Xangai e Pequim também foram monitorados.
De acordo com a Capital Economics, os preços do cobre e de outros metais básicos devem manter-se altos no curto prazo por causa da guerra na Ucrânia, mas enfraquecerão ao longo do ano por conta de uma demanda do setor imobiliário chinês modesta e um baixo crescimento da economia global. “O principal risco para nossas previsões é que as autoridades chinesas abandonem a cautela e adotem estímulos políticos suficientes para impulsionar a demanda (e os preços)”, ressalta a consultoria.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 0,86%, a US$ 3.014,00, a do chumbo subia 0,33%, a US4 2.278,00, a do níquel recuava 2,80%, a US$ 31.990,00, a do estanho subia 1,65%, a US$ 40.585,00, e a do zinco baixava 2,11%, a US$ 4.046,00.