Últimas notícias

Cobre fecha em queda com risco de medidas contra a covid na China

Na Comex, o cobre com entrega marcada para maio encerrou a sessão em baixa de 0,18%

Foto: Pixabay
  • O Julius Baer ressalta que os surtos do vírus no país asiático passaram a se sobrepor ao risco de um choque de oferta por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, que vinha impulsionando os preços nos últimos meses.

Os contratos futuros de cobre fecharam em queda nesta terça-feira, em meio a temores de que o rigoroso combate ao coronavírus na China provoque uma desaceleração da economia global e consequente redução da demanda por commodities metálicas.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega marcada para maio encerrou a sessão em baixa de 0,18%, a US$ 4,4410 a libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h20 (de Brasília), o cobre para três meses caía 0,27%, a US$ 9.810,00 por tonelada.

A capital chinesa, Pequim, começou a testar a população local para a covid-19 e restringiu o movimento em certas regiões, em meio ao avanço da doença. O governo local ainda não instituiu um lockdown mais amplo como o de Xangai, mas a postura de tolerância zero ao aumento de casos deixa investidores em alerta sobre os próximos passos.

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“Houve uma preocupação considerável entre os participantes do mercado de que a demanda na China entraria em colapso, à medida que o governo parece continuar sua política de covid zero implacável e está adotando outras medidas para conter a pandemia”, explica o Commerzbank, em relatório.

O Julius Baer ressalta que os surtos do vírus no país asiático passaram a se sobrepor ao risco de um choque de oferta por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, que vinha impulsionando os preços nos últimos meses.

“Vemos riscos de queda para o crescimento chinês este ano e em relação aos setores de infraestrutura e imobiliário, intensivos em metais, esperamos que o governo permaneça resistente a grandes medidas de estímulo”, avalia o banco, que espera uma redução das cotações de metais no médio e longo prazo.

Para tentar conter o enfraquecimento da atividade, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que as autoridades trabalharão para garantir que o crescimento econômico do país supere o dos Estados Unidos este ano, de acordo com reportagem do The Wall Street Journal.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio baixava 0,06%, a US$ 3.080,00; a do chumbo perdia 0,15%, a US$ 2.343,50; a do níquel ganhava 1,61%, a US$ 33.095,00; a do estanho avançava 1,11%, a US$ 40.445,00; e a do zinco aumentava 0,30%, a US$ 4.202,00.