Uma possível queda da taxa Selic mais lenta que o esperado reduz a velocidade, mas não muda a trajetória de recuperação da rentabilidade de carteiras de crédito pré-fixadas do Santander (SANB11), de acordo com o presidente do banco, Mario Leão. Segundo ele, o banco não espera que a Selic volte a subir, ainda que as quedas antes projetadas não se materializem.
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“Uma Selic que caia mais devagar faz com que melhore também mais devagar a rentabilidade desse portfólio [de financiamento de veículos]”, disse ele em teleconferência para comentar os resultados do banco referentes ao primeiro trimestre deste ano.
O financiamento à aquisição de veículos tem taxas pré-fixadas, que são definidas pelo banco de acordo com as perspectivas para o custo de captação ao longo do prazo em que o bem foi financiado. De acordo com Leão, há um impacto maior do aumento dos juros pré-fixados futuros, o que faz com que o Santander tenha de aumentar preços em momentos de alta sustentada.
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A melhoria da margem com mercado do banco, segundo ele, está ligada à Selic apenas em parte. Outra parte vem da mudança de preços da carteira de crédito, feita justamente para acompanhar a Selic mais alta e também o crescimento dos custos de captação.