O BTG Pactual afirma, em relatório enviado a clientes, que a notícia do Broadcast de que a Petrobras (PETR4) fará oferta vinculante para recomprar a refinaria de Mataripe em setembro é negativa, visto que os retornos históricos da estatal em refino são mais baixos do que o seu retorno no negócio principal de upstream (E&P).
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“Enquanto alguns podem argumentar que existem gargalos impedindo a Petrobras de aumentar investimentos em E&P, ainda acreditamos que a melhor estratégia seria retornar pagamentos de dividendos mais altos aos acionistas”, afirmam os analistas Pedro Soares, Henrique Pérez, e Thiago Duarte, em relatório enviado a clientes.
Do lado positivo, o BTG diz, contudo, que não prevê uma redução significativa nos pagamentos potenciais de dividendos da Petrobras no curto prazo. “Primeiro, o negócio não foi confirmado e, caso seja, poderia envolver a aquisição de uma participação menor na refinaria. Após um anúncio potencial, também acreditamos que o negócio só seria concluído em 2025 (com os respectivos desembolsos), dado os procedimentos de governança necessários (os desinvestimentos da Petrobras levaram, em média, 8,5 meses da assinatura à conclusão)”, pondera o banco.
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Os analistas também afirmam que já incorporaram cerca de US$ 2 bilhões em fusões e aquisições (M&As) potenciais ao longo dos próximos 12 meses no modelo, o que significa que a aquisição da refinaria Mataripe está, em grande parte, precificada. “Ajustando o valor de venda pela inflação de 12% (CPI dos EUA), seu custo atual seria próximo a US$ 2 bilhões, ou US$ 2,1 bilhões se contabilizarmos uma estimativa de US$ 0,3 bilhão para investimentos feitos pela Mubadala para melhorar o ativo”, acrescenta.
O BTG Pactual, assim, reitera recomendação de compra para Petrobras.