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Credit Suisse: ações disparam 20% após empréstimo bilionário

O banco suíço também informou que vai comprar uma parcela de sua dívida

Credit Suisse: ações disparam 20% após empréstimo bilionário
Fachada de um prédio do Credit Suisse, em Winterthur, na Suíça (Foto: Reuters/Arnd Wiegmann)
  • Às 9h50 do horário de Brasília, os papéis do banco registravam alta de 20,15%, cotados a US$ 2,20.
  • As despesas do banco com litígios foi um fator que prejudicou os balanços do banco em sua tentativa de recuperar suas contas. A instituição financeira acumulou cerca de US$ 4 bilhões em provisões de litígio desde 2020.

As ações do Credit Suisse dispararam em Zurique na manhã desta quinta-feira (16) após o banco ter aceitado empréstimo do Banco Central suíço. Às 9h50 do horário de Brasília, os papéis registravam alta de 20,15%, cotados a US$ 2,20.

O banco anunciou na noite de ontem que solicitará um empréstimo de até 50 bilhões de francos suíços (US$ 53,7 bilhões) do Banco Central do país. O Credit também informou que vai comprar uma parcela de sua dívida, em uma oferta que expira em 22 de março. Uma parte será de títulos emitidos em dólar, no valor de até US$ 2,5 bilhões, e outra de papéis emitidos em euros, no montante de até 500 milhões de euros.

“Estas medidas são um movimento decisivo para fortalecer o Credit Suisse, à medida que continuamos nossa transformação estratégica para agregar valor aos nossos clientes e outras partes interessadas”, afirmou o CEO do banco, Ulrich Koerner, em comunicado.

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Como começou a queda do Credit Suisse

O Credit Suisse reportou prejuízo líquido de 1,39 bilhão de francos suíços (US$ 1,51 bilhão) no quarto trimestre de 2022, o quinto prejuízo trimestral consecutivo do banco.

Além disso, as despesas do banco com litígios foi um fator que prejudicou os balanços em uma tentativa de recuperar suas contas. A instituição financeira acumulou cerca de US$ 4 bilhões em provisões de litígio desde 2020.

As despesas legais do Credit Suisse superam a de outros bancos, devido à má conduta e táticas adotadas anteriormente para atrasar alguns casos. O banco suíço concluiu recentemente alguns casos envolvendo títulos podres lastreados em hipotecas que vendeu antes da crise financeira de 2008.

Na esteira das polêmicas, o principal credor do banco, o Saudi National Bank (SNB), descartou a hipótese de oferecer mais ajuda ao Credit, desencadeando uma queda vertiginosa nas ações do banco, que chegaram a derreter mais de 27% ontem.

A queda do Credit Suisse impactou os demais bancos europeus, criando uma queda generalizada no setor. Esse foi mais um caso do setor financeiro que impactou o mercado, logo após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) nos EUA.

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