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Credit Suisse eleva projeção de IPCA de 2022 de 6,0% para 6,20%

Em relatório, o banco afirma que o dado divulgado hoje, 26, mostra uma dinâmica de preços preocupante

Fachada de um prédio do Credit Suisse, em Winterthur, na Suíça (Foto: Reuters/Arnd Wiegmann)

O Credit Suisse elevou a projeção de Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022, de 6,0% para 6,20%, após o IPCA-15 mais alto do que o esperado em janeiro. Em relatório, o banco afirma que o dado divulgado hoje, 26, mostra uma dinâmica de preços preocupante para o Brasil.

O IPCA-15 subiu 0,58% em janeiro, de 0,78% em dezembro, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,45%. No resultado, o banco destaca a inflação de serviços (0,51%), pela inércia, e de bens industriais (1,44%), apesar da estabilização do câmbio, como fatores de preocupação nos dados.

“A média de núcleos de inflação (IPCA-EX0, IPCA-EX1, IPCA-EX2 e IPCA-EX4) ficou em 1,03% em janeiro, 0,69 ponto porcentual acima da trajetória compatível com o centro da meta de inflação, de 3,5%, em termos anuais”, observam a economista-chefe do Credit Suisse, Solange Srour, e o economista do banco Lucas Vilela, que assinam o relatório.

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Os analistas alertam que os riscos em torno da projeção para 2022 ainda são para cima, considerando o histórico de ciclos longos e difíceis de desinflação no Brasil. Entre os riscos para baixo, o banco cita a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir impostos federais sobre combustíveis e energia.

“Essa lei tem o potencial de reduzir o IPCA em 0,9 ponto porcentual, mas apresenta um forte risco fiscal para as já frágeis constas públicas”, escrevem. “Em termos de política monetária, o resultado de hoje reforça o cenário de que o Banco Central não terá muito espaço para desacelerar seu ritmo de aperto nos próximos meses.”

O cenário-base do Credit Suisse indica alta de 1,5 ponto porcentual da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana que vem, seguido por um aumento de 1,0 ponto em março e um último, de 0,5 ponto, em maio. Com isso, a taxa básica de juros chegaria ao fim do ciclo em 12,25%.