As consequências da crise no mercado financeiro do Reino Unido atingiram o mercado de obrigações de empréstimos garantidos (collateralized loan obligations, CLO, em inglês) nos EUA.
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Antes um produto de nicho, os CLOs agora são amplamente segurados por investidores em todo o mundo, incluindo fundos de pensão, seguradoras e fundos britânicos que foram pegos pela recente queda nos mercados de moedas e títulos do governo do Reino Unido. Muitos deles venderam os títulos CLO para atender às chamadas de margem, fazendo com que os preços dos títulos caíssem bem abaixo de seu valor intrínseco, disseram analistas e gestores de fundos.
Alguns fundos de investimento dos EUA se apressaram para arrematar os títulos, que foram considerados como pechinchas incríveis. “Foi a maior pressão de venda que já vimos”, disse Tom Majewski, sócio-gerente da Eagle Point Credit Management, empresa de investimentos sediada em Connecticut. A Eagle Point comprou cerca de US$ 80 milhões em títulos CLO em sete dias de negociação, o dobro do valor que normalmente compraria no período, disse ele.
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Nas últimas semanas, a negociação dos títulos CLO atingiu seu nível mais alto desde março e abril de 2020. Os preços do CLO se estabilizaram na semana passada depois de cair para o nível mais baixo desde meados de 2020, mas as vendas continuaram inabaláveis. A média diária de negociação na primeira semana de outubro foi de cerca de US$ 1 bilhão, o dobro da média diária dos últimos 12 meses.
A crescente turbulência nos CLOs mostra como as flutuações das taxas de juros normalmente plácidas nas economias desenvolvidas estão sacudindo os mercados financeiros de maneiras inesperadas. A venda forçada por investidores do Reino Unido também atingiu títulos corporativos, ações, títulos lastreados em hipotecas e títulos lastreados em ativos, disseram investidores e analistas.
Cerca de US$ 13 bilhões em negociações de títulos CLO com grau de investimento foram relatadas nos EUA durante as últimas três semanas. Esse é o volume mais alto desde um período de três semanas em março e abril de 2020, quando cerca de US$ 15 bilhões mudaram de mãos.
*Fonte: Dow Jones Newswire
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