A CSN Mineração (CMIN3) é uma subsidiária da CSN (CSNA3). Foto: Adobe Stock
A CSN Mineração (CMIN3) deve continuar a superar o desempenho da CSN (CSNA3), segundo avaliação do Safra, que aponta um cenário positivo para o minério de ferro no curto prazo diante de fretes marítimos mais baixos compensando uma visão ligeiramente mais negativa sobre os preços.
O banco tem recomendação neutra para CSN Mineração, com preço-alvo de R$ 5,30, o que representa um potencial de alta de 7,51% ante o último fechamento do papel. Já para a CSN, a recomendação é underperform (equivalente a venda), com preço-alvo de R$ 8,30, 0,36% abaixo do último fechamento.
“Tornamo-nos mais positivos sobre os resultados do minério de ferro no curto prazo, à medida que o frete marítimo mais baixo compensa uma visão ligeiramente mais negativa sobre os preços”, diz o analista Ricardo Monegaglia, em relatório.
Diante disso, o Safra aumentou sua estimativa de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) para 2025 e 2026 para a CSN Mineração, porém reduziu a estimativa de produção de minério de ferro para incorporar a exclusão do Itabirito P4+ do pipeline de projetos. No caso da CSN, Monegaglia vê uma menor rentabilidade no braço de aço e cimento, diante de preços realizados mais baixos, o que compensou o incremento dos resultados de mineração.
Minério
Por fim, o banco acredita que os preços do minério podem enfrentar mais desvantagens. A demanda deve cair com um setor imobiliário fraco na China e margens fracas para os fabricantes de aço. Já na oferta, as estimativas do Safra apontam um aumento constante na produção, prevendo que o volume cresça a uma taxa composta de crescimento anual de 11% de 2025 a 2030. Os preços devem se estabilizar, na visão do Safra, em US$ 90 por tonelada entre o final de 2025 e início de 2026.