O Citi avalia que a injeção de capital de R$ 1,5 bilhão pelos acionistas controladores da Dasa (DASA3) em junho, aliada com a criação da joint venture (cooperação entre empresas que geralmente implica em uma nova organização societária) de hospitais com a Amil e as estratégias de desinvestimento, deve melhorar a trajetória de equity (em geral, refere-se ao patrimônio líquido de uma companhia ou uma participação societária nela) da companhia ao longo do tempo.
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No entanto, o banco ajustou para baixo suas estimativas de lucro para a empresa, indicando que a combinação de margens reduzidas e alta alavancagem provavelmente manterá a companhia com prejuízo até 2026. Consequentemente, o Citi revisou suas projeções para o lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos (Ebitda) de Dasa para 2024 e 2025, reduzindo-as em 6% e 7%, respectivamente, devido a expectativas de margens mais baixas.
Para o banco, a alta alavancagem da companhia de saúde, juntamente com desafios no capital de giro e a complexidade associada à parceria com a Amil, como a separação de ativos e a migração de dívidas, ainda limita a visibilidade atual.
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O Citi enfatiza que a capacidade da Dasa de manter a eficiência operacional e reduzir a alavancagem será essencial para reconquistar a confiança dos investidores, considerando a empresa como um caso de “me mostre primeiro”.
Diante dessas considerações, o banco manteve sua recomendação neutra/alto risco, reduzindo o preço-alvo de R$ 5 para R$ 4, o que implica um potencial de valorização de 13%. Essa revisão leva em conta também a diluição estimada de 7% do aumento de capital, com base em um Preço Médio Ponderado pelo Volume (VWAP) de R$ 3,46 por ação desde 17 de junho, data do anúncio da joint venture da Dasa com a Amil.
*Com informações do Broadcast