Por André Marinho – Integrante do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), Pablo Hernández de Cos voltou a defender, nesta terça-feira, uma postura “gradual” no processo de aperto da política monetária, em discurso durante evento em Barcelona. Os comentários são semelhantes ao conteúdo de um artigo que o dirigente publicou na semana passada no jornal Expansión.
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De Cos, que é presidente do Banco da Espanha, expressou apoio ao plano de encerrar as compras de ativos no começo de julho e aumentar as taxas básicas logo em seguida, no mesmo mês. Para ele, o período de juros negativos na zona do euro deve ser encerrado no final do terceiro trimestre.
O dirigente reiterou que os juros podem subir até a chamada “taxa natural”, que ele estima estar em cerca de 1%. “Isso sugeriria que, até que esses forem atingidos, a orientação da política monetária continuará expansionista, pelo menos numa perspectiva de longo prazo”, explicou.
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De Cos ainda não enxerga sinais de materialização dos efeitos secundários da inflação, como espiral positiva dos salários. “No entanto, se as pressões inflacionárias persistirem, elas são mais propensas a alimentar as negociações salariais e margens de lucro e, portanto, desencadear efeitos de secundários e indiretos sobre a inflação”, advertiu.