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Entenda o desafio do mercado financeiro segundo o superintendente da Anbima

Existem dificuldades em dialogar com todas as gerações e levá-las ao mundo de investimentos, diz Marcelo Billi

Entenda o desafio do mercado financeiro segundo o superintendente da Anbima
(Foto: Envato Elements)

O mercado financeiro tem como grande desafio dialogar com todas as gerações, não uma específica, e levá-las ao mundo dos investimentos. A avaliação é de Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

“Os mais jovens conhecem mais produtos e são mais digitais, mas tem um desafio maior que o de olhar só para a ‘geração Z’. Em 2050, teremos um retângulo populacional, não uma pirâmide, então ninguém vai ser majoritário. Será um mundo de diferentes faixas etárias e temos que pensar em como trazer todas as gerações para nosso mundo, o que é mais desafiador ainda”, disse Billi, durante participação no evento AInvest, promovido pela Bridgewise, na manhã desta quinta-feira (9), em São Paulo.

Roberto Indech, responsável por Relações com Investidores de Renda Variável da XP Inc, destaca que a questão geracional “não é brincadeira”, mas sim “olhar para frente e se adequar às linguagens”. “É fácil ser ‘rentista’ no Brasil, mas é importante trazermos vários temas para a realidade das pessoas e com a linguagem adequada, pois o mercado de varejo é um e o mercado institucional é outro”, afirma.

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Além disso, Billi menciona o levantamento do Raio-X do Investidor Brasileiro, divulgado recentemente pela Anbima, e que mostra que somente um terço dos brasileiros poupam. “Mas não é apenas sobre fazer os brasileiros pouparem como massificar o trabalho de planejamento financeiro, que hoje é um trabalho de butique”, afirma o executivo.

Para ele, os influenciadores digitais têm desempenhado papel importante em democratizar a conversa sobre saúde financeira e investimentos, mas quando a pessoa entra nas plataformas ainda há uma “barreira”. Logo, Billi acredita que a tecnologia também será um ponto essencial para “tirar as pessoas da poupança e da renda fixa e levá-las para carteiras de investimento mais saudáveis”.