Por Gabriel Bueno da Costa – A secretária de Estado americana, Janet Yellen, realizou hoje discurso otimista sobre a retomada econômica dos Estados Unidos, mas destacou problemas, como a inflação “em níveis inaceitáveis” que, segundo ela, o governo do presidente Joe Biden trabalha para ajudar a combater.
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Em participação em audiência do Comitê de Finanças do Senado, Yellen argumentou que um orçamento apropriado é necessário para complementar as medidas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para conter a trajetória dos preços. A participação dela na sessão do Legislativo tem como objetivo defender as propostas do governo para o orçamento.
Yellen destacou as medidas do governo para apoiar o quadro econômico, no auge da pandemia da covid-19. Agora, o país passa por uma transição, da forte retomada já vista para um crescimento “estável e firme”. Segundo ela, essa transição é um ponto crucial da agenda de Biden para colocar a inflação sob controle “sem sacrificar os ganhos econômicos que já fizemos”.
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A autoridade disse que, com as medidas de apoio, foi possível conseguir agora um mercado de trabalho muito mais forte do que o antes previsto. Há, porém, “desafios macroeconômicos” presentes. Além da inflação, Yellen citou problemas nas cadeias de produção ainda provocados pela pandemia. Existem efeitos negativos do lado da oferta em mercados de petróleo e alimentos, resultantes da guerra da Rússia na Ucrânia. De acordo com ela, legislação proposta pelo presidente, entre elas iniciativas em energia limpa e planos para reformar o mercado de medicamentos prescritos, podem ajudar a reduzir preços para os consumidores americanos.
Yellen também reafirmou o compromisso para fazer “todo o possível” para resistir à “guerra brutal” lançada pelo presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia. Ela recordou as sanções “sem precedentes” para pressionar Moscou a recuar e mencionou os claros efeitos na economia da Rússia, com forte contração econômica e inflação elevada.
Ela citou por fim seu esforço para avançar no acordo de reforma tributária internacional, com o objetivo de conseguir a aprovação de um imposto mínimo global, a fim de dar mais paridade de condições para empresas competirem por mercados.