O presidente-executivo da Icatu Seguros, Luciano Soares, diz que o cenário macro, com queda de juros no Brasil e a perspectiva de o mesmo movimento ser visto em nível global, é benigno para a indústria de fundos de previdência. Ele destaca que as diferenças de performance entre os produtos previdenciários e os outros veículos de investimentos têm diminuído com o tempo.
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“Com as vantagens tributárias do produto, ele se torna um instrumento mais interessante do ponto de vista do investimento. O desafio é passar ao cliente o entendimento sobre proteção.” Nos últimos anos, a Reforma da Previdência chamou atenção para o assunto, e isto facilitou a compreensão da importância da previdência privada.
O diretor de produtos de previdência da Icatu, Henrique Diniz, aponta para um aumento na sensibilização das pessoas em relação ao planejamento financeiro nos últimos anos – o que impacta positivamente no crescimento dos fundos de previdência.
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“Notamos um maior nível de informações sobre os produtos de previdência, o que contribui para a manutenção do crescimento anual desse setor”, afirma. A indústria de previdência nunca decresceu ano após ano. A reserva que era de R$ 50 bilhões em 2005 ultrapassa hoje R$ 1,3 trilhão. Diniz destaca que a entrega de valor ao cliente é fundamental para essa tendência seguir.
Diniz observa ainda as melhorias regulatórias no setor, principalmente nos últimos oito anos. Como exemplo, aponta que antes os fundos de previdência podiam ter só até 49% de alocação em ações. Atualmente, fundos de varejo têm limite de 70% para direcionar à renda variável.
Sobretudo para a alta renda, as vantagens em processos sucessórios são um ingrediente a mais. “Do ponto de vista sucessório, é um dos instrumentos mais baratos para você destravar um inventário, por exemplo”, diz Soares. De toda forma, os executivos apontam que os produtos na Icatu são moldados para diferentes tipos de cliente, com o tíquete mínimo de R$ 100 em alguns deles.