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Dívida pública cai 1,29% em outubro com resgate de papéis prefixados

A dois meses do fim do ano, o estoque ainda não bateu no limite inferior da banda estabelecida para 2021

Dívida pública cai 1,29% em outubro com resgate de papéis prefixados
Foto: Pixabay

A dívida pública federal do Brasil caiu 1,29% em outubro sobre setembro, a 5,373 trilhões de reais, em mês marcado pelo volume expressivo de resgates.

A dois meses do fim do ano, o estoque ainda não bateu no limite inferior da banda estabelecida para 2021 no Plano Anual de Financiamento, de 5,5 trilhões a 5,8 trilhões de reais.

Segundo dados informados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira, as emissões de dívida mobiliária interna no mês foram as maiores desde maio, alcançando 146,4 bilhões de reais.

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Mas os 271,4 bilhões de reais em resgates –segundo maior valor da série histórica– fizeram a dívida interna fechar o mês com resgate líquido de 125 bilhões de reais.

Em nota sobre o resultado, o Tesouro chamou a atenção para a volta da emissão de títulos prefixados em volumes maiores: 45,4 bilhões de reais, frente a 17,9 bilhões de reais em setembro e apenas 7,8 bilhões de reais em agosto.

Contudo, como houve vencimento de 267,71 bilhões em LTNs, os prefixados terminaram o mês com resgate líquido. Eles passaram a responder por 29,04% da dívida total, abaixo dos 32,58% de setembro e do intervalo de 31% a 35% estabelecido para o ano, conforme Plano Anual de Financiamento.

Os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, aumentaram seu peso na dívida pública federal, a 36,15% do total, ante 33,95% em setembro. No PAF, a meta para o ano é de 33% a 37%.

Já os papéis indexados à inflação elevaram a fatia sobre a dívida para 29,57% da dívida total, ante 28,48% em setembro, sendo que a referência para este ano é de 26% a 30%.

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Em relação aos detentores, a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna subiu a 10,46% em outubro, sobre 10,05% no mês anterior.

Mais uma vez o custo médio das emissões de dívida interna aumentou, chegando a 7,5% ao ano, sobre 6,9% ao ano em setembro. O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses foi na mesma direção, passando a 8% sobre 7,8% no mês anterior.

Olhando para novembro, o Tesouro destacou que ao longo do mês, a maior estabilidade nos mercados permitiu que iniciasse a retomada gradual das emissões, “voltando a ofertar prefixados e índice de preços em quantidades mais próximas da normalidade”.