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- Às 12h47, o dólar à vista cedia 1,02%, a 5,4476 reais na venda
(Reuters) – O dólar acelerou a queda no fim da manhã desta terça-feira, com o mercado de câmbio seguindo o respiro visto no exterior, conforme investidores avaliavam o cenário da pandemia e aguardavam a safra de balanços nos Estados Unidos.
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Às 12h47, o dólar à vista cedia 1,02%, a 5,4476 reais na venda. A moeda operava em queda desde a abertura, oscilando entre 5,4948 reais (-0,15%), máxima alcançada na primeira meia hora de negócios); e 5,4349 reais (-1,24%), mínima atingida às 12h44.
Na véspera, a cotação saltou 1,60%, a 5,5033 reais na venda, maior nível desde 5 de novembro (5,5455 reais). O dólar vem de ganho de 4,54% acumulado em quatro sessões consecutivas de alta. Em 2021 até a segunda, a divisa saltou 6,01%, valorização reduzida a 4,95% aos preços desta terça.
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No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de divisas tinha variação negativa de 0,06%, após alta de 0,48% na segunda-feira.
De forma geral, as preocupações com a pandemia seguiam, mas o que vem ganhando espaço nas discussões de analistas é a abertura das taxas dos Treasuries, títulos do Tesouro dos Estados Unidos, movimento que no geral aumenta o apelo do dólar frente a rivais.
“Vale observar, entretanto, que, no Brasil, a preocupação fiscal segue como principal fator que mantém o real depreciado e continuará como um dos temas principais em 2021”, disse a Rico em relatório. A casa ainda estima dólar a 4,90 reais ao fim do ano e com potencial de apreciação adicional se o cenário global continuar a sugerir o dólar mais fraco ante moedas emergentes.
O ano mal começou e o real já perde 4,7% ante o dólar, pior desempenho global. Com o descolamento do câmbio, o Banco Central voltou a fazer ofertas líquidas de moeda estrangeira nos últimos dias, com venda de 500 milhões de dólares apenas na véspera. Nesta terça, a autoridade monetária colocou 800 milhões de dólares em swaps cambiais, mas para rolagem do vencimento 1º de fevereiro.
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A piora relativa do real é associada também ao nível de juros, com a Selic na mínima histórica de 2% deixando a moeda brasileira como opção barata para hedge ou mesmo como fonte de financiamento.
Uma das discussões no mercado doméstico é se o Banco Central poderia ser forçado a antecipar a normalização da política monetária, cujo início está previsto atualmente para agosto, num contexto em que a inflação surpreende para cima. O IPCA terminou 2020 com alta acumulada de 4,52%, a maior taxa em quatro anos e acima da meta de 4%, embora dentro do intervalo de tolerância (entre 2,5% e 5,5%).
Em live nesta terça, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse ser natural imaginar que o “estímulo extraordinário” que o Banco Central está concedendo à economia via política monetária será retirado de cena em algum momento. O diretor afirmou ainda que o patamar atual do dólar é reflexo da incerteza fiscal e da mudança nas regras de hedge anunciada durante a pandemia.