O dólar apresentaram ganhos marginais ante euro e libra neste pregão, contudo, perdeu força contra boa parte das moedas emergentes, após dados demonstrarem enfraquecimento na atividade industrial dos Estados Unidos e das principais economias do mundo em junho.
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Por volta das 17h (de Brasília), o dólar avançava a 144,74 ienes e a libra tinha queda a US$ 1,2690.
O índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de seis rivais fortes, encerrou a tarde em alta de 0,07%, a 102,988 pontos, apagando a maior parte dos ganhos do início do pregão. O dólar foi pressionado nesta sessão após leituras da S&P Global e do Instituto de Gestão e Oferta (ISM, na sigla em inglês) demonstrarem queda em junho e seguirem em território de contração.
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Para o ING, os resultados mostram que o setor industrial americano já está em recessão e a tendência é de que a atividade continue pressionada pelos juros restritivos, em meio a campanha do Federal Reserve (Fed) contra a inflação. A Capital Economics compartilha visão semelhante e acrescenta que a deterioração na indústria deve reduzir preços de bens consumidos. Já a Oxford Economics destaca que, apesar disso, a inflação deve permanecer elevada no país, contrabalançada pela alta de preços no setor de serviços.
Os Estados Unidos, contudo, não foram o único país com leituras fracas de PMI industrial nesta segunda-feira. Dados da Europa e do Japão indicam que a atividade está em território de contração, sendo que, na Alemanha, o PMI industrial registrou seu menor nível dos últimos três anos. Na China, o setor também recuou, embora ainda esteja no território de expansão.
Neste cenário, o euro encontrou dificuldades em enfrentar o dólar, mesmo depois que o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Joachim Nagel reforçou que novas altas de juros devem ser necessárias no país para controlar a inflação, dando como quase certa uma elevação na próxima reunião monetária, em julho. No horário citado, o euro recuava a US$ 1,0913.
Em relatório, o Goldman Sachs aponta que moedas do mercado de câmbio em países do G10 deve continuar operando nestas faixas, com tendências limitadas e “volatilidade nula”, enquanto dirigentes de BCs mantém estratégias de aperto monetário. “Para tendências de câmbio mais duráveis, estaremos cada vez mais focados na interação entre os dados de atividade e a reação das autoridades monetárias”, comentou o banco.
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Sem direção única contra rivais fortes, o dólar enfraqueceu ante boa parte das emergentes, recuando a 25,9106 liras turcas e 18,774 rands sul-africanos.
Nesta semana, investidores ainda devem acompanhar a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, com destaque para o relatório de empregos (payroll) na sexta-feira, 7.