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Dólar cai quase 1% ante real após decepção com novos empregos nos EUA

Abandonando máximas registradas mais cedo, dólar recua por quantidade de empregos inferior ao esperado

Dólar cai quase 1% ante real após decepção com novos empregos nos EUA
(Fonte: Shutterstock/Nepdar/Reprodução)

(Reuters) – O dólar acelerou as perdas contra o real nesta sexta-feira, acompanhando tendência internacional de desvalorização da moeda norte-americana após dados de emprego mais fracos do que o esperado dos Estados Unidos.

Às 14:08 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,93%, a 5,6273 reais na venda, abandonando máximas acima dos 5,71 reais registradas mais cedo.

Na B3, às 14:08 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,01%, a 5,6570 reais.

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O Departamento do Trabalho norte-americano informou nesta sexta-feira que foram criados, em termos líquidos, 199 mil postos de trabalho fora do setor agrícola dos EUA em dezembro, resultado bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de abertura de 400 mil.

Na esteira do relatório, a moeda norte-americana registrava amplas perdas. O índice do dólar –que mede seu desempenho frente a uma cesta de seis divisas fortes– caía 0,45%, a 95,823, enquanto rand sul-africano, peso mexicano e dólar australiano, pares arriscados do real, registravam ganhos.

Apesar da abertura de vagas decepcionante, especialistas ressaltaram que outros componentes do relatório de emprego mostraram leitura positiva, como a taxa de desemprego, que caiu a 3,9%, ante 4,2% em novembro.

A “economia americana voltando ao pleno emprego reforça que teremos alta de juros em breve nos EUA, mais um desafio para o cenário local”, disse em post no Twitter Rafaela Vitoria, economista-chefe do banco Inter.

A expectativa de taxas de empréstimo mais altas nos Estados Unidos já haviam sido impulsionadas mais cedo nesta semana, após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed.

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Custos de empréstimos mais altos nos EUA elevam a atratividade dos títulos soberanos do país, o que tende a aumentar o fluxo de recursos para lá e, consequentemente, apoiar o dólar frente a moedas mais arriscadas.