O dólar está volátil desde a abertura dos negócios nesta segunda-feira (10), com viés de alta. Há pouco, a moeda americana tinha viés de baixa. Os negócios são influenciados pela valorização externa do dólar ante moedas principais e várias emergentes ligadas a commodities em meio a expectativas de retomada da alta de juros nos EUA em julho, de 25 pontos-base, após a pausa em junho. Além disso, investidores consideram as chances de anúncio de novos estímulos pelo governo da China, após dados fracos de inflação ao consumidor e ao produtor ampliarem a cautela global com a desaceleração da segunda maior economia mundial.
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No radar do mercado estão, hoje, os comentários de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), após o relatório de empregos (payroll) dos EUA em junho apontar criação de vagas abaixo do esperado e chancelar apostas em um Fed menos rígido ao longo do ano, após retomada de alta em julho. Os investidores aguardam ainda os números da inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) norte-americano no mês passado, respectivamente, na quarta e quinta-feira, em busca de novas pistas sobre os próximos passos do Fed na política monetária.
Os agentes financeiros locais aguardam também o IPCA de junho, amanhã, sob expectativas de deflação, além dos dados de Serviços na quinta e de varejo no País, na sexta-feira.
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Na última sexta-feira, o dólar recuou sob efeito da aprovação da PEC da reforma Tributária e do projeto de lei que trata do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) pela Câmara dos Deputados. O texto da reforma tributária e do Carf só começarão a ser analisados no Senado em agosto, depois do recesso do Legislativo, assim como também os ajustes finais no arcabouço fiscal na Câmara.
No Boletim Focus, divulgado mais cedo, a expectativa de inflação para este ano recuou mais. As medianas das estimativas para IPCA de 2023 caíram de 4,98% para 4,95%, e as para 2024, 2025 e 2026 permaneceram em 3,92%, 3,60% e 3,50%, respectivamente. Já as projeções para Selic no fim de 2023 a 2025 seguem em 12,00%, 9,50% e 9,00%.
Às 9h51, o dólar à vista subia 0,10%, aos R$ 4,8713. O dólar futuro para agosto caía 0,07%, aos R$ 4,8910, refletindo ajustes ante o fechamento anterior (a R$ 4,8945) bem acima do valor à vista (a R$ 4,8659.